A temperatura no Oriente Médio aumentou nos últimos dias, após Israel bombardear alvos militares na Síria e matar dez soldados do país. O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu nesta segunda-feira (23/06) que será usada força adicional contra qualquer “tentativa de aquecer as tensões”. Segundo Tel Aviv, a agressão à Síria foi em resposta a um ataque mortal na fronteira.
Efe
Tanque israelense nas colinas de Golã, zona reivindicada pela Síria e ocupada por Israel desde 1967, vigia fronteira
“Na noite passada, nós operamos com grande força contra alvos sírios que atuaram contra nós, e, se necessário, vamos usar a força adicional”, disse ele aos membros de seu partido. “Vamos continuar a lutar com força contra quem nos ataca ou tenta nos atacar.”
O Exército de Israel disse que os ataques aéreos atingiram nove alvos na vizinha Síria. O governo sírio admitiu a ofensiva e um grupo ativista disse que os ataques aéreos mataram ao menos dez soldados e destruiu um centro do comando do exército.
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No domingo, forças sírias atacaram um veículo civil na área das Colinas de Golã controlada por Israel, matando um garoto de 14 anos e ferindo outras duas pessoas. Israel considera o fato um ato premeditado e não um incidente fortuito, no qual um projétil impactou contra um veículo civil que se achava uma zona divisória junto à fronteira de Golã, ocupada por Israel desde 1967. Trata-se do incidente mais grave nas Colinas de Golã desde o início do conflito sírio em 2011.
Armas químicas
As últimas armas químicas declaradas pelo presidente da Síria, Bashar al Assad, deixaram nesta segunda-feira o território do país como parte do acordo para destruir seu arsenal, informaram as autoridades sírias e a missão internacional encarregada de supervisionar esta operação. A televisão oficial síria, com base em uma fonte do Ministério das Relações Exteriores, assegurou que a última carga de armas químicas foi retirada hoje do país.
Em comunicado, a diretora da missão conjunta da ONU e da OPAQ, Sigrid Kaag, confirmou a saída para sua posterior destruição do último rodízio de armas químicas da Síria, que supunha 7,2% do total declarado pelas autoridades. A missão da ONU e da OPAQ lembrou que o governo sírio também desfez todas suas equipes para produzir este tipo de armas, assim como muitos edifícios vinculados ao seu programa químico.
“A exceção de doze instalações de produção que estão esperando uma decisão do Conselho Executivo da OPAQ, tudo que foi declarado no programa de armas químicas sírias foi eliminado em um calendário sem precedentes e em condições desafiantes únicas”, afirmou. A missão agradeceu a “cooperação construtiva” das autoridades sírias ao longo deste processo e aos países que respaldaram e forneceram recursos para eliminar as armas químicas.