O Exército das Filipinas fechou neste domingo (15/09) o cerco em torno da oposição muçulmana, após conflitos que deixaram pelo menos 61 mortos na cidade de Zamboaga, no sul do arquipélago, a cerca de 1.800 km da capital Manila. O enfrentamento já dura uma semana.
Cerca de 3.000 membros das forças de segurança, apoiados por veículos blindados, tentam acabar com a resistência dos insurgentes da Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN). Segundo as autoridades, há cerca de 69 mil refugiados por causa dos combates e dezenas de feridos, enquanto entre os mortos estão incluídos 51 rebeldes, seis soldados, um policial e quatro civis na cidade, na qual o toque de recolher noturno.
Agência Efe
Conflitos já deixaram pelo menos 61 mortos nas Filipinas
NULL
NULL
A ofensiva da oposição acontece um mês depois que o líder do FMLN, Nur Misuari, exigiu a independência da região de Mindanao e de outras ilhas do sul, além de ter denunciado que seu grupo tinha sido excluído das negociações entre o governo e a frente. Misuari fundou o FMLN em 1971, e esta foi a principal organização muçulmana a recorrer à luta armada nas Filipinas, até a assinatura de um acordo de paz em 1996.
No entanto, o grupo renunciou ao acordo cinco anos depois e retornou à luta armada quando Misuari estava prestes a perder nas urnas o cargo de governador da Região Autônoma do Mindanao Muçulmano. No ano passado, outro acordo entre a FMLN e o presidente do país, Benigno Aquino, previa uma maior autonomia da ilha, de alta concentração mulçumana. As Filipinas são um país majoritariamente católico.
(*) Com Efe e Reuters