O ministro de Saúde argentino, Juan Manzur, criticou nesta quarta-feira (26/01) uma publicidade contra a dengue feita pela cidade de Barretos na qual o mosquito transmissor da doença usa uma camisa da Argentina.
“Vamos falar com os colegas e as autoridades sanitárias do Brasil, obviamente, porque é uma situação que não tem nada a ver com a realidade”, assegurou Manzur em declarações a rádio del Plata, de Buenos Aires.
Com o título “Vamos vencer este jogo”, a propaganda mostra o mosquito “Aedes aegypti”, transmissor da dengue, com a camisa da Argentina.
Divulgação
Com a camisa da argentina, o mosquito da dengue chama a população para acabar com os riscos da contaminação
Segundo o governo brasileiro, o país registrou em 2010 um milhão de casos da doença, 15,5 mil deles do tipo hemorrágico, com 550 mortos.
“O Brasil tem uma quantidade realmente grande de casos, a tal ponto que a informação fornecida por eles mesmos está superando um milhão de pacientes. Há um velho ditado que diz que saúde não tem fronteiras”, ressaltou Manzur, enquanto fazia uma visita à localidade argentina de Aguas Blancas, fronteiriça com a Bolívia, no marco de uma campanha contra a dengue.
O ministro viajou ao extremo norte do país para realizar tarefas de prevenção contra a doença depois que a Bolívia declarou na semana passada alerta sanitário no país devido à morte nas últimas semanas de oito pessoas com dengue e a infecção de outras 1,2 mil na região amazônica de Beni, fronteiriça com o Brasil.
Após manter uma reunião com equipes sanitárias da Bolívia, Manzur admitiu em comunicado que “a situação da dengue na região é delicada”, por isso o governo argentino redobrou “os esforços” nas tarefas de prevenção.
Apesar de ter indicado que “até o momento não há circulação viral da dengue” na Argentina, o ministro advertiu que “a migração ajuda a fazer com que a dengue se propague”, por isso será combatida “em coordenação e trabalho conjunto” com a Bolívia.
A Argentina, que em 2009 teve 50 mil infectados e uma dezena de mortes pela dengue, também pediu que os Governos provinciais “fortaleçam a vigilância epidemiológica” já que a doença se prolifera na Bolívia, Brasil e Paraguai.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL