A Polícia Civil do Rio constatou, a partir da perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e do Esquadrão Antibomba, que o artefato usado no atentado ao Consulado Geral da China no Rio de Janeiro ocorrido na última quinta-feira (16/09) foi um explosivo artesanal. O homem que lançou o explosivo ainda não foi identificado.
O ataque, que ocasionou danos à entrada do prédio, não teve feridos. No último sábado (18/09), o Consulado chinês soltou uma nota oficial em que classifica a ação como um “ato de grave violência” e cobra uma investigação séria do caso.
“Foi um grave ato de violência ao qual o Consulado Geral da China manifesta veemente condenação. Mantendo estreita comunicação com as autoridades brasileiras, esta missão consular pede a investigação minuciosa sobre o ataque, a punição do culpado nos termos da lei e medidas cabíveis para evitar que incidentes similares voltem a ocorrer”, diz o comunicado que exige ainda medidas concretas para garantir a proteção da missão consular.
A nota ressaltou ainda “esperar” que o governo brasileiro tome “medidas concretas para proteger esta missão consular e seu pessoal”. “Como prevê a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, garantindo a segurança e a integridade das instalações e de seu pessoal”, afirmou o documento.
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil também se manifestou sobre o atentado. Nas redes sociais, a representação do governo norte-americano classificou o ataque como “intimidação” e lembrou dos princípios que garantem a proteção à diplomatas.
Por meio de nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) condenou o ataque e cobrou seriedade na investigação das autoridades brasileiras lembrando que ações como a ocorrida na última semana podem prejudicar as relações entre ambos os países.
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Embaixada chinesa classificou a ação como ‘ato de grave violência’ e pede medidas do governo do Brasil
(*) Com Brasil de Fato.