Um atentado no Paquistão e um ataque da OTAN no Afeganistão mataram, ao todo, pelo menos 16 pessoas e feriram dezenas nos dois países vizinhos nesta quinta-feira (7/10). No primeiro caso, fundamentalistas detonaram duas bombas numa mesquita em Karachi e, no segundo, aviões das forças ocidentais mataram um chefe talibã e seus seguidores na província afegã de Takhar.
Segundo um policial citado pelo canal paquistanês Express TV, o ataque à mesquista ocorreu durante uma visita do presidente Asif Ali Zardari, que mora a quilômetros do local e estava na cidade. Uma das bombas explodiu na entrada da mesquita, enquanto a outra aconteceu dentro do prédio.
A polícia isolou a área e os feridos foram levados para hospitais das redondezas, informou a imprensa local. O primeiro-ministro paquistanês, Yousaf Raza Gilani, condenou o atentado e exigiu a abertura de inquérito.
O templo é dedicado a Abdullah Shah Ghazi, santo sufi do século XVI, e é destino habitual de uma multidão de fiéis, principalmente nas quintas-feiras, quando acontecem cantos de devoção.
Mesmo com a devastação que o país passou após as piores inundações de sua história, que deixaram mais de 21 milhões de pessoas desabrigadas, a violência não dá trégua no Paquistão. Nos últimos meses, os grupos insurgentes paquistaneses, na maioria sunitas, têm concentrado ações em ataques contra correntes islâmicas minoritárias, como os próprios sufis, vítimas de outro ataque em julho na cidade de Lahore. Só esta semana já houve diversos ataques contra caminhões que levam mantimentos para as forças da OTAN no vizinho Afeganistão. E o exército paquistanês realiza operações contra talibãs no noroeste do país e na fronteira.
Civis afegãos
Do outro lado da fronteira, o ataque aéreo da OTAN matou pelo menos oito talibãs, embora um policial local tenha dito que o número de mortos chega a 20. O líder talibã Maulawi Jawadullah, chefe do movimento insurgente no distrito de Yangi Qala, está entre os mortos. Segundo a OTAN, Jawadullah organizava sequestros de policiais e militares afegãos, realizava emboscadas e estaria envolvido em um ataque contra uma delegacia de polícia na província de Kunduz.
Em outro comunicado divulgado nesta quinta-feira (7/10), a Isaf confirmou a morte nesta quarta-feira de um líder religioso da província de Badghis.
O governo do Afeganistão solicitou cautela à OTAN nos ataques aéreos, que frequentemente causam a morte de civis inocentes.
*Com agências.
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