Pelo menos 21 morreram nesta quarta-feira (18/03) em um atentado em Túnis, que também deixou pelo menos 24 feridos. Entre os mortos, 17 eram turistas estrangeiros de nacionalidades italiana, espanhola, sul-africana, japonesa, colombiana, alemã e polonesa. Outros dois cidadãos tunisianos também faleceram na ofensiva, bem como os dois atiradores.
At least 17 killed at Bardo Museum in Tunis http://t.co/PcPmTqAxJO pic.twitter.com/m5sV2q7s5a
— The Independent (@Independent) 18 março 2015
O ataque aconteceu durante a manhã, depois que dois homens armados saíram de uma mesquita localizada entre o Parlamento da Tunísia e o Museu do Bardo, onde fizeram disparos na direção de um ônibus com turistas.
De acordo com testemunhas, os suspeitos usavam uniformes militares e tentaram atacar a sede do Legislativo que estava em reunião e foi rapidamente evacuada. Após tiroteio no local, os terroristas refugiaram-se no museu e lá fizeram vários reféns.
A identidade dos responsáveis pelo crime ainda não foi revelada. “O terrorismo é mundializado”, declarou o ministro das Relações Externas da Tunísia, Taiev Baccouche, ao Le Monde, ao ser questionado a respeito da nacionalidade dos atiradores.
“Foi um ataque covarde para minar nossa economia no setor vital [turismo] que contribui a ela”, comentou em entrevista à Al Jazeera o primeiro-ministro tunisiano, Habib Essid, que assumiu o mandato há pouco mais de um mês.
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“O governo brasileiro condena com veemência o covarde atentado perpetrado hoje no Museu do Bardo, em Túnis, que resultou na morte de cidadãos tunisianos e de outras nacionalidades e em dezenas de feridos”, publicou o Itamaraty em nota.
Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou “nos mais duros termos” o ataque e expressou seus pêsames às vítimas por este “deplorável ato” e também sua solidariedade com as autoridades e a população da Tunísia.
“A UE está disposta a mobilizar todos os seus instrumentos para respaldar plenamente a Tunísia em sua luta contra o terrorismo e a reforma da segurança, além de garantir que a transição democrática e as reformas econômicas beneficiem os tunisianos, começando pelos jovens”, destacou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em comunicado.
“Quando um crime terrorista é cometido, seja lá onde for, isso toca todos, pois se trata de vidas humanas, horrivelmente apagadas pela maquinaria terrorista”, declarou o presidente da França, François Hollande, em um ato da Unesco no Museu do Louvre.
Por sua vez, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, confirmou que, “infelizmente, alguns italianos foram envolvidos” no incidente e mostrou sua proximidade e apoio ao governo do país para que “possa enfrentar a situação com valor”.