A eleição deste sábado (21/8) na Austrália vai definir o próximo governo e promete ser uma das mais acirradas da história recente do país, disputada entre os dois principais partidos: o trabalhista e a coalização conservadora.
De acordo com pesquisa divulgada nesta manhã pelos jornais locais Sydney Morning Herald e The Age, o atual governo trabalhista deve conseguir maioria no parlamento por uma pequena margem de diferença sobre a oposição conservadora.
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O Partido Trabalhista, liderado pela primeira-ministra Julia Gillard (a primeira mulher no comando do país), aparece com 52% das intenções de voto, enquanto a oposição – que entra na disputa representada por Tony Abbott, ex-ministro do Trabalho – tem 48%.
Entretanto, uma pesquisa do instituto Newspoll encomendada pelo jornal The Australian indica que os eleitores estão divididos igualmente entre os dois partidos.
Última hora
Abbott afirmou que, até horas antes das eleições, continuará a campanha sem intervalo para tentar conquistar eleitores trabalhistas.
“Estou concorrendo ao maior cargo do país e, se você compete por um grande emprego, tem de fazer um grande esforço”, disse ele ao The Australian.
Nas últimas semanas, pesquisas apontavam Gillard como vencedora da disputa. Mas, nos últimos dias, a campanha conservadora conseguiu empatar nas intenções de voto. Além disso, de acordo com o Sydney Morning Herald, a primeira-ministra vem perdendo popularidade em razão de sua política de governo em relação às mudanças climáticas e de seu posicionamento diante de Kevin Rudd, ao afastá-lo da liderança do partido trabalhista.
Dia da escolha
Julia Gillard, que era vice de Rudd, assumiu o cargo em junho, tornando-se a primeira mulher a ser chefe de governo da Austrália. Após a divulgação das novas pesquisas, a primeira-ministra convocou os australianos para comparecerem as urnas.
“Há um risco muito, muito real de acordarmos no domingo e termos Abbott como primeiro-ministro”, disse ela. “Então, amanhã é o dia da escolha”.
A campanha eleitoral australiana encerrou-se nesta sexta-feira. No sábado, cerca de 14 milhões de eleitores podem ir às urnas. Caso o empate técnico se confirme, trabalhistas e conservadores terão que buscar apoio no Partido Verde para ter maioria no parlamento e formar o governo.
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