O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, propôs a Israel que um comitê presidido pelo ex-primeiro-ministro neozelandês Geoffrey Palmer apure o ataque militar de 31 de maio ao navio do comboio de ajuda humanitária, no qual morreram nove turcos, informa hoje (6/6) a imprensa local.
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Ainda sem uma resposta oficial de Israel, o painel seria formado por representantes israelenses, turcos e norte-americanos.
A proposta é vista com bons olhos pelo Ministério de Assuntos Exteriores e chega depois que as autoridades israelenses rejeitassem o estabelecimento de um comitê similar ao que determinou a responsabilidade da Coreia do Norte pelo naufrágio em março de um navio de guerra de seu vizinho do sul, detalha o jornal Haaretz.
O painel seria presidido por Palmer, especialista em Direito Marítimo e chefe do Governo de Nova Zelândia entre 1989 e 1990.
Mark Reguev, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se limitou a confirmar à Agência Efe que o chefe de governo falou por telefone com Ban, sem dar mais detalhes.
Nesta manhã, o conselho de ministros tinha previsto abordar a proposta a portas fechadas na reunião semanal.
Ontem, os soldados israelenses abordaram, desta vez sem incidentes, outra embarcação com ajuda humanitária que tentava romper o bloqueio a Gaza, a irlandesa Rachel Corrie, que por problemas técnicos ficou para trás no comboio.
As 19 pessoas que estavam a bordo, entre ativistas e tripulantes, serão deportadas ao longo do dia aos países de origem, após terem aceitado a repatriação voluntária, informou à Efe o Ministério de Interior israelense.
A comunidade internacional pediu de forma unânime ao Estado judeu que investigue as circunstâncias da abordagem em águas internacionais de um dos navios do comboio humanitário, uma expedição carregada de ajuda humanitária e com 750 pessoas a bordo.
Na quinta-feira passada, o ministro de Assuntos Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, manifestou apoio à criação de uma comissão pública “aberta e transparente” para apurar o episódio, mas defendeu que a coordenação seja de um jurista israelense.
Israel afirma que seus soldados foram obrigados a abrir fogo para salvar suas vidas da “violenta” reação dos ativistas que estavam nos navios.
O caso lembra o debate sobre a formação de um comitê internacional para investigar a ofensiva israelense em Gaza há um ano e meio, que causou a morte de 1,4 mil palestinos, a maioria de civis.
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