O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, manifestou nesta terça-feira (21/06) o desejo de completar seu mandato até o fim de 2013, apesar da insistência da oposição em pedir sua renúncia.
“Expresso minha firme intenção de completar o programa de governo, chegando ao final da legislatura em 2013”, disse Berlusconi no Senado.
O comparecimento de Berlusconi no Senado corresponde ao primeiro dos dois passos parlamentares que o presidente da República, Giorgio Napolitano, exigiu em maio após as mudanças no governo e a nomeação de subsecretários.
“Compartilho o chamado à responsabilidade e à unidade. Temos de encontrar unidade sobre os valores comuns”, afirmou o primeiro-ministro, quem demonstrou certeza de que seu governo sairá reforçado deste trâmite e afirmou que não existe alternativa ao Executivo.
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O chefe do governo italiano, que nesta manhã conseguiu superar uma questão de confiança na Câmara dos Deputados, afirmou que a Itália tem de seguir governada por quem ganhou as eleições legislativas de 2008, apesar das derrotas sofridas nas recentes eleições municipais.
“Ninguém na Europa nem no mundo reivindica a renúncia do chefe do governo a partir das eleições municipais. A anomalia é pedir a renúncia. Isto é um mero exercício de propaganda”, comentou Berlusconi. “Os resultados das eleições municipais podem trazer reflexões, mas não podem influenciar a duração de uma legislatura”, acrescentou.
Berlusconi afirmou que sua intenção não é a de continuar na Presidência do governo “pela vida toda” nem ser para sempre o líder dos conservadores. Entretanto, indicou que só abandonará o atual mandato quando puder deixar de herança um “grande partido de centro-direita inspirado no Partido Popular Europeu”.
O primeiro-ministro apelou à responsabilidade caso o governo fosse derrubado, já que isso representaria um “desastre” para o país em um momento de crise econômica. As agências de classificação de risco têm a Itália “sob observação”, devido ao endividamento público elevado.
“O interesse dos italianos é que a legislatura chegue ao fim e que, até lá, as contas estejam em ordem. Por isso temos de evitar acabar como outros países europeus, que estão sangrando”, afirmou Berlusconi.
Após o comparecimento do chefe do governo ocorrerá um debate dos grupos políticos no Senado.
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