O chanceler italiano, Franco Frattini, comentou hoje (29/11), em Doha, os vazamentos de informações da WikiLeaks e afirmou que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, “não se sente nem atacado, nem atingido, nem ofendido”.
“Devo dizer que muitas notícias que lemos sobre o premier já tinham saído nas primeiras páginas dos jornais de oposição há muito, muito tempo”, comentou o ministro das Relações Exteriores, que acusou o site, especializado em publicação de documentos confidenciais, de querer “destruir o mundo”.
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“A comunidade internacional, a verdadeira, a que quer melhorar o mundo e não destruí-lo, como quer o WikiLeaks, deve reagir de forma unida, sem comentar, sem retroceder no método da diplomacia, sem se deixar influenciar por uma crise de desconfiança que, se vier a ser desconfiança recíproca, poderia bloquear colaborações fundamentais para resolver as grandes crises que existem no mundo”, explicou o titular.
Frattini disse ainda que, “exatamente para evitar cair nesta armadilha, na qual só a Itália perderia, espero que o PD [Partido Democrata, de oposição] se una ao apelo dos líderes do mundo para que a condenação seja para a Wikileaks, não pelos argumentos das notícias que são fruto de um crime grave pela qual as autoridades norte-americanas estão procedendo, assim como outros países”, em referência à ação “ilegal” de vazar dados confidenciais da Casa Branca, que já anunciou que o Departamento de Defesa irá tomar medidas para evitar que isso ocorra novamente.
“Vocês sabem que o responsável pela Wikileaks é procurado em 13 países”, concluiu o chanceler.
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