O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, revelou nesta sexta-feira (09/09) que pensou em renunciar ao cargo quando soube da intenção de atacar o líder líbio Muamar Kadafi, um “amigo”. Durante um evento organizado pela juventude do Povo da Liberdade (PDL), Berlusconi explicou que, antes da cúpula de Paris, onde se decidiu bombardear a Líbia, pensou seriamente em apresentar seu pedido de renúncia.
“Para mim, a amizade é um dos valores mais importantes e Kadafi me considerava um amigo. Por isso, sofri a noite toda antes de viajar para Paris e, inclusive, pensei até em renunciar para ser fiel à relação de amizade com Kadafi”, acrescentou. “Tive que tomar a decisão assumida pelos chefes de Estado e Parlamento”, disse Berlusconi.
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Ele esclareceu que, quando beijou a mão do então líder da Líbia em um de seus encontros, o gesto não foi “por submissão, mas por educação, visto que isso é normal na cultura do país”. O primeiro-ministro italiano assegurou que seu governo “não se equivocou” nem na política anterior ao ataque, quando assinou acordos de amizade com o líder líbio, nem depois quando foi decidido bombardeá-lo.
Para completar, Berlusconi acrescentou que a intervenção militar contra Kadafi foi necessária, já que ele respondeu de maneira “inaceitável” às manifestações da oposição, disparando contra o povo “desarmado”.
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“Quando ele foi atacado me senti muito mal”, disse Berlusconi, afirmando que foi o único dirigente internacional retratado em imensos cartazes nas ruas de Trípoli dando a mão a Kadafi.
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