O governo da Bolívia entregou às famílias os restos de quatro guerrilheiros que se inspiraram na luta do argentino Ernesto “Che” Guevara para agir contra a ditadura de Alfredo Ovando (1965-1966; 1960-1970) no país. Abatidos pelo Exército em 1970, os homens foram identificados com a ajuda de médicos forenses argentinos.
Todos pertenciam à guerrilha de Teoponte, que se agregou ao extinto ELN (Exército de Libertação Nacional), formado por mais de 70 combatentes, entre bolivianos, argentinos, colombianos, chilenos e peruanos. A guerrilha se formou três anos após a captura e execução do Che pelo exército boliviano, em 1967.
Martín Alipaz/EFE (01/02/2010)
A cerimônia aconteceu ontem (1) na sede da vice-presidência do Estado Multinacional, com a presença da ministra da Justiça, Nilda Copa, de integrantes da Associação de Familiares de Detidos, Desaparecidos e Mártires pela Libertação Nacional (Asofamd) e do ex-senador Antonio Peredo.
“Hoje podemos dizer que recuperamos aqueles desaparecidos de forma forçada, mas continuaremos buscando os outros”, afirmou Nilda Copa, segundo a Reuters, lembrando que o governo de Evo Morales tem o compromisso de seguir solucionando crimes cometidos durante a repressão. Agrupações de direitos humanos calculam que permanecem desaparecidos pelo menos 156 pessoas assassinadas durante as ditaduras militares na Bolívia (1964 e 1980).
O trabalho de busca pelos restos mortais daqueles que viviam em Teoponte, ao norte de La Paz, começou em meados de 2009 com a exploração de 19 fossas comuns, onde se presume a existência de, ao menos, 26 corpos aniquilados pelo exército boliviano.
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