As principais bolsas de valores do mundo fecharam em queda nesta quarta-feira (2) depois de o mercado ficar em dúvida sobre como interpretar o menor corte mensal de empregos nos Estados Unidos desde setembro de 2008 – mês em que estourou a crise financeira.
No início do dia, foram divulgados dados que apontam a demissão de 298 mil pessoas pelo setor privado norte-americano em agosto. A expectativa do mercado era de uma redução ainda mais forte na comparação com os meses anteriores, para aproximadamente 250 mil vagas.
“A contração [do emprego nos EUA] continua em curso, já são 19 meses consecutivos de saldo negativo (total de 6,87 milhões de vagas fechadas), mas o ritmo de cortes está diminuindo desde abril”, afirmou um relatório do Banco Fator divulgado após o anúncio para sinalizar a possibilidade das duas interpretações pelos agentes financeiros.
Os principais índices de Nova York encerraram em queda nesta quarta-feira, após uma sessão cheia de oscilações. O índice Dow Jones, referência do mercado, caiu 0,32%, para 9.280 pontos. O Nasdaq, voltado a ações de tecnologia, fechou aos 1.967 pontos, com oscilação negativa de 0,09%.
O Standard & Poor's 500 cedeu 0,33%, para 994 pontos.
Na América Latina, o índice brasileiro Bovespa e encerrou em baixa de 0,77%, aos 55.385 pontos, devido à cautela do mercado antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros. Depois do fechamento da sessão, saiu o anúncio de manutenção da Selic em 8,75% ao ano, dando fim ao ciclo de redução.
Questões locais
Puxados por ações locais, outros índices latino-americanos subiram. A bolsa mexicana encerrou com alta de 0,74%, para 27.953 pontos. Em Santiago, o avanço foi de 0,44%, para 3.146 pontos. O mercado de Buenos Aires ganhou 0,57%, a 1.753 pontos – com destaque de alta para os papéis de Petrobras (3,01%) e Petrobras Energía (2,36%) no país.
O mercado europeu voltou a cair, desta vez menos que nas sessões anteriores, por conta dos temores relacionados ao setor bancário dos Estados Unidos. A bolsa de Londres teve oscilação negativa de 0,04%, para 4.817 pontos. Em Frankfurt, o recuou foi de 0,14%, a 5.319 pontos. O mercado de Paris exibiu baixa de 0,29%, para 3.573 pontos.
Na Espanha, país que mantém fortes vínculos comerciais com o Brasil, o índice de Madri tombou 1,55%, a 10.999 pontos, por conta do aumento de pedidos de auxílio-desemprego no país.
As principais bolsas asiáticas, que afetaram os negócios globalmente no início da semana, fecharam sem rumo comum. Recuaram os índices de Tóquio (2,37%, a 10.280 pontos) e o de Hong Kong (1,8%, a 19.522 pontos) – ambos por conta dos temores sobre os bancos dos EUA.
O mercado de Xangai, entretanto, exibiu avanço de 1,2%, a 2.714 pontos, impulsionado por ações de petrolíferas.
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