O porta-voz da comissão de facilitação para um eventual diálogo entre o Governo da Colômbia e o ELN, Jaime Bernal Cuéllar, afirmou nesta segunda-feira (23/09) que, além do Uruguai, outros países como Costa Rica, Brasil, Venezuela e Cuba também se ofereceram para acolher um processo com a segunda força paramilitar do país.
“Há países que fizeram manifestações como Costa Rica, Cuba, Venezuela e Brasil”, disse Cuéllar à “Caracol Radio”, embora também tenha explicado que desconhece “o tempo, a agenda, a metodologia e o lugar” que o Governo maneja.
Nesse sentido, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, se reunirá nesta segunda com seu colega uruguaio, José Mujica, em Nova York, onde ambos participam da Assembleia geral da ONU, para tratar a participação do Uruguai em eventuais diálogos com o Exército de Libertação Nacional (ELN), assim como com as Farc.
Mujica manifestou em diversas ocasiões sua vontade de ajudar a Colômbia na busca pela paz, em um processo que disse que é “o mais importante hoje na América Latina”. Por isso, os meios de imprensa colombianos especulam que o Uruguai será a sede dos diálogos com o ELN –que, segundo dados governamentais, conta em suas fileiras com cerca de 1,5 mil combatentes.
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O governo colombiano adianta conversas de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desde novembro de 2012 em Havana. Por este motivo, Santos já descartou a capital cubana como palco para um eventual diálogo com o ELN.
O ELN libertou no final de agosto o geólogo canadense Gernot Wobert, que ficou sequestrado durante mais de sete meses, e reiterou nessa ocasião sua intenção de iniciar um diálogo de paz incondicional com o governo.
A libertação do canadense era uma condição fixada por Santos para pensar em um processo de paz similar ao realizado com as Farc e após a libertação do canadense. O presidente colombiano afirmou que esperava iniciar os diálogos com o ELN nos “próximos dias”.
Cuéllar, junto com outros membros desta comissão facilitadora, como o político liberal Horacio Serpa e o analista político da Universidade Nacional Alejo Vargas, se reuniram no início do mês com Santos para mostrar a visão do gurpo.