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Manifestantes feridos foram encaminhados ao hospital Yalgado Ouedraogo, na capital do país, Ouagadougou
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Líder do golpe, Dienderé decretou toque de recolher e disse que governo provisório criou insegurança
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Medidas de Diendéré
Diendéré foi chefe do Estado-Maior no antigo governo do ex-presidente Blaise Campaoré, derrubado por uma revolta popular no fim de 2014 após 27 anos no poder.
A primeira medida adotada por Diendéré foi o fechamento das fronteiras terrestres e aéreas até novo aviso, assim como um toque de recolher a partir das 19h até as 6h, horário local, gerando revolta de vários grupos da sociedade civil e sindicatos na capital, Ouagadougou.
Segundo Diendéré, o governo interino de Kafando gerou uma “grave situação de insegurança pré-eleitoral”. No país do oeste africano está prevista uma votação no dia 11 de outubro, que pretende colocar fim ao período de transição.
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Ex-presidente, Michel Kafando (dir), e premiê, Isaac Zida (esq) em foto de arquivo de 18 de novembro de 2014
Críticas
Enquanto os presidentes do Senegal e de Benin se reuniam com os líderes do golpe na sexta-feira, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana decidiu vetar a participação de Burkina Fasso nas atividades da organização, proibindo viagens e congelando ativos de militares envolvidos no caso.
Na quinta-feira, o presidente da França, François Hollande, condenou “firmemente” o golpe e pediu a libertação imediata de todos os detidos, bem como o retorno ao processo eleitoral. Ex-colônia francesa, Burkina Fasso se tornou independente em 1960 e desde então passou por diversos momentos de turbulência política.
Por sua vez, a ONU classificou como “inaceitável” a detenção de políticos. “Peço aos líderes golpistas que evitem o uso da força, particularmente no caso de protestos, e que seja respeitado o direito da população de participar de mobilizações pacíficas”, afirmou declarou o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, em Genebra.