Em videoconferência transmitida na sexta-feira (18/09), o papa Francisco afirmou que “fará todo o possível para construir pontes” entre Cuba e os Estados Unidos. Neste sábado (19/09), o pontífice aterrissará em Havana para uma viagem de três dias. Na terça-feira (22/09), ele seguirá para os EUA.
“Vou fazer o possível para construir pontes, ou desbloquear, para que haja comunicação, para que a comunicação dê lugar à amizade”, declarou o líder da Igreja Católica, se dirigindo a jovens cubanos e norte-americanos.
Agência Efe
O papa Francisco disse a jovens de Cuba e Estados Unidos que construirá pontes entre os países, que vivem reaproximação diplomática
Após Washington ter anunciado a retirada de uma série de restrições ao comércio e ao turismo em Cuba, os presidentes Raúl Castro e Barack Obama conversaram por telefone na noite de sexta-feira a respeito da visita do papa Francisco.
Em nota, a Casa Branca comunicou que os presidentes “discutiram medidas que os Estados Unidos e Cuba podem tomar juntos e individualmente, para avançar na cooperação bilateral”. O governo norte-americano pontuou ainda que os dois países irão tratar “francamente” das diferenças que vão continuar a ter em questões importantes.
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Francisco é conhecido pelo seu papel fundamental na reaproximação entre Cuba e EUA. Apesar disso, o papa constantemente minimiza seu papel, argumentando que a iniciativa partiu de uma “boa vontade” vinda das duas nações.
No domingo, o líder católico conduzirá uma missa na praça da Revolução, em Havana, ao lado da icônica imagem de Che Guevara e ainda visitará as cidades de Holguin e Santiago de Cuba.
Já nos Estados Unidos, Francisco falará na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e será o primeiro papa a discursar no Congresso norte-americano. Durante a Assembleia, os presidentes dos dois países, Raúl Castro e Barack Obama, discursarão no mesmo dia, em 28 de setembro.
Desde 17 de dezembro de 2014, Havana e Washington estão em um processo de restabelecimento de relações diplomáticas. Em abril deste ano, Castro e Obama realizaram o primeiro encontro entre chefes de Estado dos dois países em 56 anos. Em julho, foram reabertas as embaixadas em Havana e Washington. Na última quinta-feira (17/09), Cuba nomeou seu primeiro embaixador nos EUA desde 1961, ano do rompimento.
Agência Efe
Governo cubano exige o fim do embargo econômico, o que só pode ser feito pelo Congresso norte-americano, de maioria republicana