Um médico do Camboja não licenciado foi sentenciado a 25 anos de prisão, nesta quinta-feira (02/12), por infectar mais de 200 pessoas com HIV, devido ao uso de agulhas sujas. Ele atuava na zona rural da província de Battambang, situada na região noroeste do país asiático.
Victor/FlickrCC
O médico espalhou o HIV por reutilizar agulhas sujas em seus pacientes
Yem Chhrin, de 55 anos, enfrentava a acusação de homicídio doloso, ou seja, proposital, e uma sentença de prisão perpétua. Contudo, a acusação acabou sendo alterada para homicídio culposo — isto é, não intencional — e pena foi reduzida.
“Meu cliente ainda insiste que é inocente”, disse o advogado de Yem Chhrin à AFP após o anúncio do veredito. “Eu irei representá-lo se ele quiser recorrer”. Durante o julgamento, que teve início em outubro, os promotores acusaram o médico de esconder os fatos e mudar sua história.
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Na ocasião, as investigações haviam testado 800 moradores da vila de Roka, dos quais 106 estavam infectados. As idades das vítimas abrangiam dos três aos 82 anos.
No Camboja, médicos não licenciados são o único tipo de serviço de saúde disponível, principalmente nas regiões rurais e mais isoladas.
Após o escândalo com Yem Chhrin, o governo do país se comprometeu a aumentar iniciativas que impeçam a prática médica por pessoas não licenciadas.
Segundo dados compilados pelo BM ( Banco Mundial), para cada 100 mil cambojanos, há somente 0,2 médicos.
#Cambodia: Unlicensed #doctor, #YemChhrin (55), gets 25yrs jail for infecting 200+ people with #HIV. https://t.co/0i23Wge93k #1ab #PhnomPenh
— Alcuin Bramerton (@AlcuinBramerton) 3 dezembro 2015