O candidato governista às eleições presidenciais colombianas, Juan Manuel Santos, virtualmente empatado com o opositor Antanas Mockus, afirmou que o principal objetivo das mudanças de estratégia na reta final da campanha foi estimular o efeito do popular presidente Álvaro Uribe.
“Decidimos resgatar as bandeiras do Partido de la U [Partido Social da Unidade Nacional]”, indicou em entrevista à ANSA o candidato e ex-ministro da Defesa do governo de Uribe, para quem essas propostas identificam tanto a sua candidatura quanto o presidente do país, que encerrará o segundo mandato consecutivo em agosto e foi impedido de disputar uma segunda reeleição por decisão da Justiça.
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Dessa forma, sua nova estratégia busca atrair a parcela da população que aprova o atual mandatário, cerca de 70% dos colombianos, mas que ainda não simpatizam com o ex-ministro. Além de alterar as ações publicitárias, a campanha de Santos passou a utilizar as cores do Partido Social da Unidade Nacional – verde, amarelo e vermelho -, em substituição ao laranja, e contratou novos assessores, como o publicitário venezuelano Juan José Rendón.
A incorporação de Rendón gerou polêmica entre os governistas, pois ele seria conhecido como idealizador de “guerras sujas” em processos eleitorais. No início de maio, o até então gerente da campanha, Alberto Velásquez, renunciou ao cargo e disse que não havia espaço para que ele e o venezuelano trabalhassem juntos. À ANSA Santos explicou que as mudanças foram adotadas depois que “centenas de pessoas de diferentes regiões sentiram que devíamos fazer um giro” e que, por isso, “revisamos a estratégia e relançamos nossa campanha”.
Duas pesquisas de voto divulgadas hoje (21/5) na Colômbia demonstram diferentes resultados, concedendo uma eventual vitória tanto a Santos quanto a Mockus. Em março, o governista aparecia com 34% das intenções, contra cerca de 23% da segunda colocada, a ex-chanceler Noemi Sanín, do Partido Conservador (PCC). Na época Mockus não era visto como favorito. Agora, novos estudos apontam que a votação do próximo dia 30 será acirrada entre o opositor e o ex-ministro da Defesa e deverá ratificar a necessidade de um segundo turno, que aconteceria em 20 de junho caso o mais votado não supere mais de 50% dos sufrágios.
Outros seis candidatos concorrem neste pleito. Germán Vargas Lleras, do Mudança Radical; Gustavo Petro, do Polo Democrático Alternativo (PDA); Rafael Pardo, do Partido Liberal; Jaime Araujo Rentería, da Aliança Social Afrocolombiana (ASA); Robinson Devia Gonzalez, do Movimento A Voz da Consciência, e Jairo Calderón Carrero, do Movimento Abertura Liberal. Segundo as pesquisas, nenhum deles tem chances de buscar o primeiro ou o segundo lugar.
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