Os carabineiros, polícia militarizada do Chile, após mais um dia de confrontos com manifestantes do movimento estudantil, são acusados de infiltrar alguns de seus agentes na passeata ocorrida nesta terça-feira (09/08) em Santiago, cujo objetivo seria provocar distúrbios e justificar a repressão policial.
A imprensa chilena já havia relatado testemunhos de que ao menos três homens encapuzados, que deram início aos distúrbios quando o protesto já se encontrava em seu final, teriam descido de ônibus policiais antes de se juntarem à população.
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De acordo com o jornal El Mostrador, um outro manifestante encapuzado foi protegido pelo contingente policial que protegia o Congresso Nacional, em Valparaíso, após ter sido denunciado pelos próprios manifestantes em razão de ações violentas. Dois deputados do Partido Comunista chileno já pediram formalmente informações sobre o episódio.
Cortesia do deputado Gabriel Ascencio
Segundo a versão dos estudantes, o suposto carabineiro jogava pedras na multidão, e só parou quando foi perseguido pelos estudantes. Ele conseguiu se esconder em uma guarita dos Carabineiros que dava acesso à casa legislativa. Em seguida, foi levado para a prefeitura de Valparaíso em um furgão dos carabineiros.
O tenente-coronel dos Carabineiros Hernán Silva, encarregado pela segurança do Congresso, disse que a única coisa que fez foi “dar refúgio a uma pessoa que se identificou como parte da instituição e que corria o risco de ser agredido”. Entretanto, afirmou não conhecê-lo. “Ele é um carabineiro, e como também somos, prestamos proteção a um colega que corria o risco de ser agredido”.
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