A agência de classificação Standard & Poor's, também conhecida como S&P, afirmou nesta terça-feira que o rebaixamento da nota da dívida soberana norte-americana de “AAA” para “AA+” não tem impacto direto e imediato sobre as qualificações do setor bancário dos Estados Unidos, para o qual prevê mais dificuldades até o fim do ano.
“Não vemos uma relação direta entre o rebaixamento da nota da dívida americana e a qualificação dos bancos”, explicaram nesta terça-feira os analistas Stuart Plesser e John Bartko durante uma teleconferência sobre a situação das entidades bancárias dos Estados Unidos e os efeitos da redução da nota deste país.
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No entanto, os analistas da Standard & Poor's, que na sexta-feira (05/08) rebaixou a nota da dívida a longo prazo dos EUA e colocou-a em perspectiva “negativa”, preferiram não antecipar se existiria um impacto sobre a qualificação dos bancos caso ocorresse uma nova redução da nota do país para “AA”, como foi advertido que poderia acontecer entre os próximos seis e 24 meses.
Em um documento divulgado nesta segunda-feira para acompanhar a teleconferência, a Standard & Poor's reiterou que um segundo rebaixamento da nota dos EUA poderia ser realizado “se fosse observada uma redução da despesa pública menor do que a programada, um aumento das taxas de juros ou novas pressões fiscais”.
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No relatório, a agência também analisou o comportamento dos bancos norte-americanos no segundo trimestre do ano, quando o setor registrou um aumento em seu lucro.
Entre abril e junho deste ano, a S&P não aplicou nenhum rebaixamento na qualificação destas instituições bancárias, enquanto realizou duas revisões em alta, do Associated Banc Corp e do Wilmington Truste Corp.
No que se refere aos bancos de investimento, a agência viu uma tendência positiva nas aquisições e fusões, embora tenha destacado que essas melhorias serão menos prováveis no futuro “caso o rumo econômico dos EUA se enfraqueça e os problemas da dívida soberana continuem”.
Por isso, a Standard & Poor's prevê que a situação do segundo trimestre se manterá até o fim do ano, mas vê com maior preocupação os problemas da dívida – dentro e fora dos Estados Unidos –, a desaceleração econômica e os perigos derivados das hipotecas, entre eles os litígios enfrentados por diferentes entidades, como o Bank of America.
Diante desses novos desafios, o setor bancário verá no conjunto de 2011 uma queda moderada em seu faturamento, um leve avanço em suas despesas, uma contínua melhoria em sua qualidade de crédito e uma alta moderada em seu lucro líquido, segundo as previsões da agência.
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