Um vídeo divulgado nesta terça-feira (19/08) em fóruns jihadistas, mas retirado do YouTube e outros sites de hospedagem, mostra a suposta decapitação do jornalista americano James Wright Foley, sequestrado na Síria em novembro de 2012. O grupo EI (Estado Islâmico), que proclamou um califado em parte do Iraque e da Síria, reivindica a autoria do ato. O governo norte-americano afirmou que suas agências de inteligência estão analisando a “autenticidade” do material.
Divulgação/ Dailymail
Imagens captadas do Youtube mostra homem que seria James Wright Foley
“Vimos um vídeo que afirma ser o assassinato do cidadão norte-americano James Foley pelo Estado Islâmico”, como afirmou a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Caitlin Hayden.
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“Se for verdadeiro, estamos horrorizados pelo assassinato brutal de um jornalista norte-americano inocente, e expressamos nossas profundas condolências à sua família e amigos”, acrescentou Caitlin.
Os familiares de Foley afirmaram em janeiro do ano passado que um grupo desconhecido de homens armados o tinha sequestrado em uma região do noroeste da Síria em 22 de novembro. Meses depois, em maio, o veículo para o qual colaborava, o site americano GlobalPost disse que o profissional, de 39 anos, estava em uma prisão síria controlada pelo regime de Bashar al Assad. Foley tinha sido preso previamente pelo Exército da Líbia em 2011 enquanto cobria o conflito no país após a queda do governo de Muammar Kadafi.
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Invasão do Iraque
No vídeo, Foley se despede da família e acusa o governo americano de ser o culpado de sua execução por conta da recente intervenção no Iraque.
A gravação começa com o discurso do presidente americano, Barack Obama, em 7 de agosto no qual anunciou o começo dos bombardeios sobre o EI no norte do Iraque, para frear seu avanço rumo ao Curdistão e permitir a assistência humanitária a milhares de deslocados.
Posteriormente, Foley aparece pedindo a sua família e amigos que se levantem contra as autoridades americanas, de que diz que puseram “o último cravo em seu caixão” pelos bombardeios no Iraque.
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“Desejaria ter mais tempo, desejaria ver minha família de novo, mas esse barco já zarpou. No fim das contas, acredito que desejaria não ser americano”, diz Foley, sereno e vestido com uma roupa laranja em um local desértico não especificado.
Neste momento, o homem encapuzado, em um inglês com sotaque britânico, ameaça os Estados Unidos e garante que “os muçulmanos de todo tipo e condição aceitaram o Estado Islâmico como seus líderes”.
“Qualquer tentativa sua, Obama, de negar aos muçulmanos o direito de viver em segurança sob o califado resultará no derramamento de sangue de seu povo”, diz o jihadista, que aparece segurando uma faca. Em seguida, ele degola Foley.
O vídeo termina com o homem encapuzado ameaçando de morte outro jornalista americano sequestrado, Steven Joel Sotloff, cuja vida “depende da próxima decisão de Obama”.
(*) com informações da agência Efe