Os juízes da Quarta Seção Penal do Tribunal de Milão rejeitaram nesta segunda-feira (18/07) as 16 exceções processuais apresentadas pela defesa do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, no processo que ficou conhecido como caso Ruby. Nele, o premiê é acusado de concussão e prostituição de jovens.
As alegações analisadas foram divididas em cinco temas, entre os quais carência de poder do magistrado milanês, incompetência territorial e anulação imediata do julgamento.
Para os advogados de Berlusconi, Niccolò Ghedini e Piero Longo, o processo deveria ser transferido para o Tribunal de Monza.
Leia mais:
Berlusconi afirma que não tentará se reeleger em 2013
Berlusconi diz que continua até o fim do mandato e pede apoio da oposição
Governo de Berlusconi conquista voto de confiança na Câmara
Ruby, pivô de um dos escândalos de Berlusconi, anuncia estar grávida
Berlusconi não comparece a audiência de caso Ruby
Em abril, os deputados italianos aprovaram uma declaração na qual avaliavam que a Procuradoria de Milão, que cuida do caso, desrespeitou a resolução votada em fevereiro pela Câmara, que dizia que o órgão não era competente, por motivos territoriais e políticos, para realizar as investigações.
O tribunal, no entanto, decidiu que o processo continuará em Milão e declarou que está aberto o debate contra o Berlusconi.
Os juízes vêm destacando reiteradas vezes que o direito de defesa do chefe de governo italiano não foi violado. “O acusado, por meio de seus defensores, exercitou todas as faculdades de defesa consentidas”, declararam hoje durante a sessão.
Os magistrados também decidiram pelo adiamento do processo que agora acontecerá em 3 de outubro.
O primeiro-ministro é acusado pelos promotores de ter pagado para manter relações sexuais com mais de 30 mulheres no início de 2010, entre elas com a marroquina Karima el Mahroug, conhecida como Ruby que, na época, tinha menos de 18 anos.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL