Pelo menos 500 egípcios tomaram as primeiras medidas para concorrer à Presidência, em eleições marcadas para acontecer entre 23 e 24 de maio desse ano. Para autoridades do país, o grande número de candidatos é um sinal de contentamento da população, acostumada a governos longevos como o do ex-ditador Hosni Mubarak, que ficou 30 anos no poder.
Além dos candidatos que já anunciavam a intenção de concorrer nas eleições, como o ex-ministro das Relações Exteriores e ex-secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa e o ex-dirigente da Irmandade Muçulmana Abdel Moneim Abul Futuh, há jornalistas, juizes, advogados e professores. Segundo a Associated Press, a fonte falou na condição de anonimato porque não estava autorizada a falar com a imprensa.
Os resultados do primeiro turno serão conhecidos no dia 29 de maio e, se nenhum candidato conseguir mais da metade dos votos, os dois mais votados passarão ao segundo turno. A campanha eleitoral para essas eleições vai durar três semanas e começará no dia 30 de abril.
Ponto final
As eleições presidenciais no Egito podem significar um “ponto final” de um delicado processo desencadeado desde a queda de Mubarak, no âmbito da Primavera Árabe.
Desde a saída do ex-ditador do poder, uma Junta Militar governa o país, o que gerou ao longo dos últimos meses diversos protestos populares. Os generais, liderados pelo ministro da Defesa de Mubarak por 20 anos, Hussein Tantawi, prometerem entregar o poder após o anúncio do novo presidente, em 21 de junho.
No entanto, muitos egípcios suspeitam que os generais estão agindo por trás das cortinas para garantir que o próximo presidente seja ou leal a eles, ou fraco para desafiar as décadas de impunidade entre os militares.
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