Tema na campanha presidencial norte-americana, Chávez respondeu nesta sexta-feira (13/07) às declarações feitas essa semana tantos pelo presidente e candidato à reeleição, Barack Obama, como de Mitt Romney, do Partido Republicano. À afirmação de Obama, que a Venezuela não era uma ameaça aos Estados Unidos, o presidente ressaltou que o democrata é “presidente de um império”, mas que “é um cara legal”.
Efe
O presidente venezuelano disse que está impedido de falar com Obama: “há amigos comuns que levam e trazem mensagens”
Já sobre os ataques feitos por Romney, que chamou Obama de “ingênuo” por não considerar Chávez uma ameaça aos Estados Unidos, o presidente disse que há “uma campanha do imperialismo mais dura, da extrema-direita mundial”.
Chávez revelou uma conversa que teve com o atual chefe da Casa Branca, em que Obama teria dito que, apesar das diferenças, nunca iria “se meter nos assuntos internos da Venezuela”. O presidente venezuelano disse a Obama que o gesto já era suficiente, mas que gostaria de retomar as relações políticas com os EUA. “Como quanto Bill Clinton era presidente, que podíamos dialogar”, lembrou.
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O presidente venezuelano também resgatou diálogo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião de presidentes da América Latina, em Trinidad e Tobago, onde estavam Obama e a secretária de Estado Hillary Clinton. “Obama, aqui está Chávez, não é um cara mau, é meu amigo. Senhora Clinton, aqui está a América do Sul, eu (Lula), Cristina (Kitchner), queremos paz, queremos novas relações”, disse Chávez.
“A real política é o imperialismo”, disse, eximindo Obama dos ataques à Venezuela. “Recordo quanto criticaram Obama cada vez que ele falou comigo. Caíram em cima dele, o chamaram de socialista, comunista. É uma guerra pessoal contra Obama, incluindo formas de tentar tirá-lo da Presidência”, avaliou Chávez, que disse estar impedido de falar com o presidente norte-americano. “Há amigos comuns que levam e trazem mensagens, mas há uma intenção de aproximação”, confessou.