O rechaço internacional ao golpe de Estado que destituiu o presidente Manuel Zelaya fez com que o governo golpista fosse atrás daqueles que o apoiam, como a Colômbia, e tomasse medidas contra oponentes, como por exemplo, decretar a expulsão do embaixador venezuelano.
O governo, no entanto, da Venezuela, disse hoje (22) não reconhecer a ordem de expulsão – emitida também contra Bolívia, Cuba, Nicarágua e Equador –, por considerar que foi feita por autoridades ilegítimas.
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Em comunicado oficial, o governo da Venezuela ressaltou que “utilizará todos os recursos necessários para preservar a integridade de sua missão diplomática em Tegucigalpa e a do pessoal credenciado pelo governo constitucional de Honduras”, que só reconhece como presidente Zelaya.
O governo de Hugo Chávez sustentou que “por não reconhecer, junto à comunidade internacional, as autoridades ilegítimas estabelecidas em Honduras, desconhece” a ordem das mesmas de expulsão dos representantes diplomáticos venezuelanos.
Colômbia
O chanceler do governo golpista de Honduras, Carlos
López, disse que em reunião com Álvaro Uribe na segunda-feira (20), o
presidente colombiano explicitou sua simpatia com o “novo governo”.
Em entrevista concedida hoje, o chanceler afirmou que uma comitiva foi enviada à Colômbia porque, segundo ele, as duas nações são “vítimas de agressores externos comuns, como Hugo Chávez”.
A chancelaria colombiana confirmou a realização de um encontro “informal”, mas deixou claro que “não avaliza comentários pessoais expressados por integrantes da comissão hondurenha”.
“O governo da Colômbia reafirma seu apoio à gestão mediadora do presidente [da Costa Rica, Oscar Arias] para restablecer o processo democrático em Honduras, com respeito à Constituição e por meios pacíficos, observando o princípio da não intervenção”, diz nota divulgada hoje.
(Atualizada às 19h55)
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