Manifestantes foram às ruas nesta terça-feira (10/03) em ruas de diversas cidades da Venezuela para apoiar o governo do presidente Nicolás Maduro frente às investidas oposicionistas e de agentes externos contra o governo.
O protesto foi no mesmo dia em que o autoproclamado presidente Juan Guaidó marcou um dia de mobilizações contra Maduro.
Na capital, a manifestação pró-governo saiu da praça Morelos e terminou no Palácio Federal Legislativo, que abriga a Assembleia Nacional Constituinte. O vice-presidente do partido governista PSUV, Diosdado Cabello, rechaçou o que chamou de “postura antidemocrática” de um setor da direita venezuelana.
“A convocação de manifestações, protestos e ações violentas se converteram, para setores da direita venezuelana, um negócio”, disse, em discurso aos manifestantes.
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“Nós devemos estar preparados sempre, queridos irmãos e irmãs, para defender a pátria. Vocês acreditam que os EUA vão ceder em suas intenções de derrocar a Revolução Bolivariana?”, Questionou.
AVN
Manifestantes pró-governo foram às ruas de Caracas em apoio a Nicolás Maduro
Pelo Twitter, Maduro afirmou que as ruas estavam cheias de “povo revolucionário”. “As ruas de Caracas, hoje, 10 de março, estão cheias de povo revolucionário, que saíram a marchar com profundo amor à pátria. Um claro sinal ao mundo de que a Venezuela quer paz, estabilidade e desenvolvimento, sem ingerência de nenhum império. Deus abençoe o povo venezuelano!”, escreveu.
Oposição
O protesto convocado por Guaidó reuniu manifestantes em áreas nobres da capital venezuelana. Inicialmente, a marcha iria também em direção ao Palácio Federal Legislativo, como havia sido divulgado durante a convocatória. No entanto, a marcha foi finalizada na praça Alfredo Sadel – e Guaidó disse que a Assembleia “é onde o povo está”.
“O objetivo de hoje foi cumprido: em todo o país, demonstramos que não há medo (…). A Assembleia é onde estão seus cidadãos: nos vemos na praça Alfredo Sadel”, escreveu, no Twitter.
Durante a manifestação, Guaidó pediu uma salva de aplausos para seus aliados na América do Sul: Jair Bolsonaro (presidente do Brasil), Iván Duque (da Colômbia) e Lenín Moreno (Equador). O governo venezuelano acusa Brasília, Bogotá e Washington de estarem por trás de uma “ação coordenada” para “sufocar” a Venezuela.