A China abriu, nesta quarta-feira (27/03), um processo de “solução de controvérsias” contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC), contra o que classificou como “subsídios discriminatórios” sobre o setor de veículos elétricos.
O Ministério do Comércio chinês contestou a Lei de Redução da Inflação implementada pelo presidente norte-americano Joe Biden que, segundo a pasta, resultou na exclusão de produtos da China e de outros países da OMC. O país asiático ainda defendeu que tem o objetivo de apoiar um ambiente justo para os fabricantes de automóveis chineses e para a indústria global.
“Sob o pretexto de ‘resposta às mudanças climáticas’ e ‘proteção ambiental’, os Estados Unidos formularam políticas discriminatórias através de sua Lei de Redução da Inflação em relação aos veículos de nova energia, excluindo produtos da China e de outros membros da OMC dos subsídios”, apontou o governo de Pequim, em comunicado.
A ação desta quarta-feira se trata da mais recente de uma longa história de disputas comerciais bilaterais, com o setor de veículos elétricos se tornando o campo chave da batalha na transição verde global.
“Tais exclusões distorcem a competição justa, interrompem as cadeias industriais e de suprimentos globais e violam os princípios da Organização, como tratamento nacional e tratamento da nação mais favorecida”, argumentou o ministério chinês.
Nesse sentido, o governo expressa que as autoridades norte-americanas respeitem as regras da OMC, além da tendência de desenvolvimento da indústria global de veículos de nova energia e que corrija as políticas industriais discriminatórias.
Em agosto de 2022, Biden promulgou a Lei de Redução da Inflação, projetada para conter a inflação e investir em indústrias nacionais, ao mesmo tempo em que promove a transição do país para energia limpa.
A lei exige que os veículos elétricos sejam montados em território norte-americano para poderem se beneficiar dos subsídios.
(*) Com Ansa