O Ministério Público espanhol pediu nesta quarta-feira (27/03) dois anos e meio de prisão ao ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales, pelo beijo não consensual na jogadora Jeni Hermoso durante a comemoração do título na Copa do Mundo Feminina de 2023, na Austrália.
Rubiales cometeu o ato de assédio diante de milhões de pessoas que assistiam à transmissão em todo o mundo e foi acusado de agressão sexual e coerção. Ele terá que pagar a Hermoso uma indenização de 100 mil euros.
Em um comunicado apresentado ao Superior Tribunal Nacional, o Ministério Público solicitou ainda a pena de um ano e meio de prisão, sob acusação de coação, ao ex-diretor técnico da seleção feminina Jorge Vilda, ao ex-diretor de marketing do RFEF, Rubén Rivera, e ao diretor da seleção masculina, Albert Luque.
Além disso, solicitou que Rubiales seja inabilitado para trabalhar na área esportiva enquanto cumprir a pena, fique em liberdade condicional por dois anos e seja proibido de se aproximar da jogadora insultada por quatro anos.
A Promotoria considerou que Rubiales, Vilda, Rivera e Luque exerceram coação sobre Hermoso para que mudasse seu depoimento e não realizasse a denúncia.
A agressão de Rubiales contra Hermoso e as suas várias tentativas de fugir da responsabilidade foram amplamente repudiadas em Espanha, o que obrigou Rubiales a renunciar ao seus cargo na RFEF e como vice-presidente da União das Federações Europeias de Futebol (UEFA), órgão dirigente do futebol no continente europeu.
(*) Com Telesur