A variante da bactéria “E. coli” que já matou 18 pessoas na Alemanha e uma na Suécia é resistente a pelo menos oito tipos de antibióticos, segundo um comunicado publicado neste sábado pelo Instituto Genético de Pequim.
Cientistas chineses que colaboraram com os alemães na identificação do genoma do novo variante da “E. coli” afirmaram no comunicado que foram encontrados genes que o fazem resistente a cinco novos tipos de antibióticos, junto aos três que haviam sido anunciados ontem: penicilina, cefalosporina e a estreptomicina.
Segundo a pesquisa, realizada em colaboração com a Clínica Universitária Eppendorf de Hamburgo e cujos dados são preliminares, esta cepa é um “mosaico” com genes de diferentes variedades e é geneticamente diferente da que causou uma anterior epidemia nos Estados Unidos.
Esta cepa de “E. coli” causa a síndrome hemolítico-urêmica (SUH) e pode ser transmitida entre pessoas através de fezes ou por via oral, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Por enquanto, 13 países informaram de casos de afetados pela SUH e a perigosa variante da bactéria intestinal: Alemanha, Áustria, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Noruega, Reino Unido, República Tcheca, Suécia e Suíça.
EUA
O Governo dos Estados Unidos disse nesta sexta-feira que aumentou a vigilância nas importações de tomates, pepinos e alfaces provenientes das áreas afetadas pelo surto da bactéria E. coli na União Europeia.
A Administração de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês) indicou em comunicado que mantém “contato rotineiro” com a União E e os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças “para vigiar o surto atual de E. coli e rastrear” casos nos EUA.
“Em resposta ao surto na Europa e como medida de precaução, a FDA estabeleceu protocolos adicionais sobre as importações e aumentou a vigilância de tomates frescos, pepinos, alface e saladas das áreas afetadas”, afirmou o órgão.
Após vários testes nos produtos, “a FDA não permitirá a entrada nos EUA de nenhum produto contaminado e, se detectar a contaminação, tomará nota de futuros carregamentos para as medidas necessárias”, advertiu.
“Conforme surjam mais informações sobre a origem do surto, ajustaremos nossos esforços de proteção da saúde pública, especialmente na fronteira”, acrescentou.
A FDA considerou que o surto atual da bactéria “não afetou o fornecimento de alimentos nos EUA” e assinalou que “não há razão alguma” para que os americanos alterem seus hábitos de compra ou de consumo de alimentos. No entanto, a agência destacou que “se mantém vigilante” para tomar as medidas apropriadas.
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