A Coalizão Egípcia para a Defesa da Legitimidade, que inclui a Irmandade Muçulmana e outros grupos afins, convocou uma semana de protestos, a partir desta sexta-feira (27/12), em todas as províncias do país, contra o governo egípcio. Nesta semana, a Irmandade virou um “grupo terrorista” para o Cairo.
“Os injustos terroristas passaram dos limites (…) e chegou o momento de aumentar a ira”, diz a nota divulgada pelo grupo que assegura também que o que qualificaram como 'semana da ira' começará com “força e pacifismo”. “Não ficaremos de braços cruzados diante da agressão contra as mulheres do Egito e os abusos contra os detidos que rejeitam o golpe de Estado e contra as associações de caridade que atendem a 20 milhões de egípcios”, afirma a nota divulgada pela coalizão.
A polícia já prendeu, em protestos anteriores, 147 pessoas – entre elas, 28 mulheres.
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O texto chama de “absurdo dos golpistas” a classificação da Irmandade como organização terrorista e o referendo constitucional, marcado para janeiro. Mesmo assim, o grupo afirma não dar importância a nenhum dos dois fatos.
A decisão governamental permitiu às autoridades congelar as atividades de mais de mil associações de caridade com suposta vinculação com a Irmandade, e que continuarão seu trabalho sob o controle do governo para não prejudicar, segundo o Executivo, os cidadãos beneficiados de seus serviços.