Os 9 mil militares que participam da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) vão participar da segurança dos 1.500 locais de votação e dos locais de apuração no país caribenho. As forças de paz também vão fazer o transporte do material das eleições no próximo domingo (28/11).
O comandante da Minustah, o general brasileiro Paul Cruz, acredita que as eleições serão tranquilas, já que os principais candidatos à Presidência do Haiti declararam apoio ao pleito. “Alguns atores que não têm interesse nessa votação podem querer ocasionar uma quebra da ordem, mas imagino que a maioria da população vai querer exercer seu direito de votar”, disse.
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Apesar de acreditar que a votação será tranquila, o comandante afirmou que o país tem uma história política conturbada. Além disso, nos últimos dias, manifestações e enfrentamentos no Haiti deixaram mortos e feridos em vários pontos do país. Alguns confrontos envolveram militares da Minustah.
Por isso, a missão de paz montou um esquema especial para essas eleições. Os 1.500 locais de votação foram divididos em três tipos: vermelhos, amarelos e verdes. Cerca de 360 foram considerados vermelhos, por apresentar maior risco de problemas, e precisarão de tropas permanentes durante a votação. A maioria, no entanto, é do tipo verde, isto é, que não apresenta grande risco.
Cólera
Em entrevista na base de comando da missão de paz, o general também falou sobre os problemas envolvendo os soldados nepaleses, que foram acusados pela população haitiana de ter levado o cólera para o país. Segundo Paul Cruz, a Minustah fez uma investigação com a tropa do Nepal e não encontrou nenhum indício de que qualquer militar estivesse contaminado pela doença.
O general também defendeu que as eleições ocorram neste domingo, apesar do cólera. Segundo ele, médicos dizem que a epidemia ainda está no início e que, se for preciso esperar seu término, o país ficará sem eleições por um tempo muito prolongado. “O Haiti precisa de um governo, precisa de um congresso funcionando”, disse Cruz.
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