O governo boliviano anunciou nesta sexta-feira (24/05) que passou a ser responsável por todas as ações implementadas dentro de seu território contra o narcotráfico. De acordo com o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, que confirmou a informação, a luta contra as drogas apresentou melhores resultados desde 2008, quando a agência norte-americana DEA foi expulsa do país.
“Temos certeza que agora, com a nacionalização completa da luta contra o narcotráfico, vamos registrar índices ainda melhores”, afirmou Quintana.
Agência Efe
Evo Morales já havia expulsado da Bolívia a agência norte-americana Usaid, há três semanas
Na quinta-feira (23/05), Washington divulgou um comunicado sobre o fim da atuação do NAS (Escritório de Assuntos Antidrogas), também ligado ao governo norte-americano, na Bolívia, depois de 40 anos. Até o momento, a instituição comandava 10% das operações contra as drogas no país.
“Não nos surpreende a decisão do governo dos Estados Unidos” porque é parte do processo derivado da expulsão da DEA e da diminuição de ajuda econômica, afirmou Quintana. Em 2005, os EUA investiram 90 milhões de dólares no combate às drogas na Bolívia. Neste ano esse valor chegou a 5 milhões de dólares.
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O ministro ainda afirmou que, sem os Estados Unidos, a luta contra o narcotráfico no país não tem mais registrado violações aos direitos humanos.
Há três semanas, o presidente Evo Morales exigiu que outra agência norte-americana, a Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) deixasse o território boliviano, sob a acusação de conspiração e ingerência.
A Bolívia e os EUA não mantêm relação em nível de embaixadores desde 2008, quando o governo de Morales expulsou o então embaixador norte-americano, Philip Goldberg, sob acusações de conspiração. Washington respondeu com a expulsão do boliviano Gustavo Guzmán.