Dados da OMC (Organização Mundial do Comércio) divulgados nesta quinta-feira (12/04) revelam que o comércio mundial deverá registrar em 2012 o menor crescimento dos últimos 20 anos. Segundo a organização, os economistas prevêem um aumento de 3,7% no comércio, bem abaixo do que foi registrado nos últimos 20 anos: 5,4%.
Em 2011 o aumento foi de 5%, próximo à média registrada nas últimas duas décadas. Apesar disso, o resultado foi muito inferior ao apresentado em 2010: 13,8%. Para a OMC, os principais responsáveis pela retração no comércio mundial foram a crise europeia, o tsunami que atingiu o Japão e as inundações na Tailândia.
Ainda segundo a organização, a fragilidade deverá continuar ao longo deste ano, “por isso que o risco de que se agrave a situação continua sendo elevado”. Em 2012, as exportações nos países desenvolvidos devem crescer 2%, enquanto as importações devem registrar um aumento de 1,9%.
Já nos países em desenvolvimento, tanto as exportações quanto as importações devem apresentar um cenário mais positivo com aumentos de 5,6% e 6,2%, respectivamente. Para 2013, a OMC acredita que o comércio mundial irá se recuperar e crescer 5,6%, acima da média registrada nos últimos anos.
Apesar da previsão otimista, a organização alerta que o cenário poderá piorar caso a crise europeia seja prolongada e contagie outras regiões. Além disso, os economistas apontaram o aumento no preço do petróleo como um dos principais fatores que poderão influenciar a balança comercial mundial.
A China continua no topo do ranking de exportadores. Em 2011, o país registrou um aumento de 9,3% nas exportações. Nada que se compare, no entanto, aos 28,4% de aumento registrado em 2010 pelos chineses.
Os números apontam ainda que Japão e Estados Unidos melhoraram seus desempenhos nas exportações. Esses países, no entanto, podem ser afetados pela situação da União Europeia, cuja exportação aumentou 5% em 2011.
Outro ponto destacado pela OMC diz respeito a crescente participação de economias em desenvolvimento no total do comércio realizado pelo mundo. Os países emergentes representaram 47% das exportações e 42% das importações de 2011.
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