Um estudante foi morto e dezenas foram presos neste sábado (28/12), quando partidários da Irmandade Muçulmana entraram em confronto com a polícia egípcia no campus da Universidade Al Azhar, no Cairo, informou a mídia estatal.
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Shaimaa Mounir, um ativista estudantil, disse à agência de notícias Reuters que o estudante morto foi Khaled el Haddad, um apoiador da Irmandade, grupo ligado ao político Liberdade e Justiça, que passou a ser classificada como uma organização terrorista pelo Estado nesta semana.
Agência Efe (27/12)
Manifestantes protestam contra decisão de classificar Irmandade Muçulmana
O jornal estatal Al Ahram afirmou que os confrontos começaram quando as forças de segurança jogaram bombas de gás para dispersar estudantes pró-Irmandade que estavam bloqueando a entrada de colegas nos prédios da universidade. Manifestantes jogaram pedras contra a polícia e colocaram fogo em pneus para conter o gás lacrimogêneo.
O Al Ahram citou um funcionário do Ministério da Saúde, dizendo que um estudante tinha sido morto e cinco ficaram feridos. A violência acontece após confrontos em todo o país na sexta-feira (27), nos quais pelo menos cinco pessoas morreram.
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Dois edifícios universitários pegaram fogo na violência de sábado. A emissora de TV estatal transmitiu imagens de uma fumaça preta saindo de um dos edifícios e disse que “estudantes terroristas” teriam colocado fogo no prédio da faculdade de Arquitetura.
A polícia prendeu 101 estudantes por posse de armas, incluindo bombas de gasolina, segundo a agência de notícias estatal. A calma tinha sido restaurada, e exames marcados começaram depois dos confrontos da manhã.
A Universidade Al Azhar, um respeitado centro de estudos islâmicos sunitas, tem sido há alguns meses cenário de protestos contra o que a Irmandade chama de “golpe militar” que depôs o então presidente Mohamed Mursi da Presidência em 3 de julho, depois de um ano no cargo.