Atualizada às 13:33
O Conselho de Segurança (CS) da ONU pediu no domingo (20/07) “a imediata cessação de hostilidades” na Faixa de Gaza e expressou sua “séria preocupação” com a escalada da violência na região. Assim disse o presidente rotativo do CS, o ruandês Eugene Gasana, em uma declaração que leu aos jornalistas após uma reunião de duas horas para analisar a situação nessa região do Oriente Médio.
Um ataque das Forças Armadas israelenses com artilharia contra um hospital da cidade de Deir al-Balah, no centro de Gaza, deixou pelo menos quatro mortos, informaram fontes médicas e testemunhas.O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a ofensiva militar na faixa continuará até que os israelenses estejam “seguros”.
Eles também expressaram sua “séria preocupação” com o crescente número de vítimas e disseram que o pedido para um cessar-fogo deve se basear nos convênios assinados em novembro de 2012 que permitiram a cessação de hostilidades em Gaza.
Nesse sentido, o CS, segundo a declaração que leu Gasana, agradece os esforços do Egito para que o movimento palestino Hamas e Israel alcancem um cessar-fogo, trabalho na qual está sendo apoiado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Ban está de viagem pelo Oriente Médio a fim de impulsionar com líderes regionais um cessar-fogo, depois que neste domingo se viveu em Gaza o dia mais violento dos últimos dias, com mais de 60 palestinos e 13 soldados israelenses mortos.
O secretário-geral da ONU, que esteve no Catar este domingo, voltou a condenar a violência da ofensiva israelense contra Gaza, e fez apelos para um cessar-fogo. Na capital do Catar, Doha, Ban se reuniu com líderes palestinos e com autoridades catarianas. Depois desta etapa foi para o Kuwait para depois continuar com sua viagem ao Cairo, Jerusalém, Ramala e Amã.
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Cronologia das tensões
A escalada de violência israelense ocorreu após a morte de três adolescentes israelenses na Cisjordânia no final de junho. Como “vingança”, um jovem palestino foi queimado vivo e assassinado em Jerusalém.
Logo após a descoberta dos corpos dos três jovens, Israel iniciou uma ofensiva contra o Hamas. Aviões de guerra passaram a bombardear Gaza destruindo casas e instituições e foram realizadas execuções extrajudiciais. Até agora, quase 600 palestinos foram sequestrados e presos.
A tensão aumentou na região após anúncio, no começo de junho, do fim da cisão entre o Fatah e o Hamas, que controlam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, respectivamente. Israel considera o Hamas um grupo terrorista e por isso suspendeu as conversas de paz que vinham sendo desenvolvidas com os palestinos com a mediação do secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
(*) Com informações da Agência Efe