Os Estados Unidos autorizaram na quinta-feira (04/08) o CNT (Conselho Nacional de Transição) – órgão representante dos rebeldes líbios – a assumir o controle da embaixada da Líbia em Washington, quase cinco meses após o governo norte-americano romper relações diplomáticas com o regime de Muamar Kadafi.
“Foi assinada uma ordem que abre o processo legal para que o CNT assuma o comando”, informou à Agência Efe o porta-voz Noel Coay, do Departamento de Estado americano.
A ordem permitirá ao grupo opositor líbio – reconhecido por Washington em junho como “representante legítimo” do país – reabrir a embaixada sob seu controle, credenciar diplomatas e aceder às contas da embaixada, congelada em março e que, segundo a emissora CNN, tem acumulado cerca de US$ 13 milhões.
Leia também:
Oposição anuncia morte de filho de Kadafi; governo nega
Os novos recursos serão um novo impulso para o CNT, abalado por dificuldades financeiras e que pedia há meses que Washington permitisse que os ativos bloqueados do regime de Kadafi nos Estados Unidos fossem parar a seus cofres.
Em 10 de março passado, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, anunciou o fechamento da embaixada líbia na capital norte-americana e advertiu que não aceitaria “enviados do regime de Kadafi representando-o em Washington”.
Leia mais:
Ataque aéreo da OTAN atinge antenas da TV estatal da Líbia
ONU estuda liberar fundos para compra de itens humanitários na Líbia
Governo líbio afirma que acusações do TPI contra Kadafi são invenções
Tribunal Penal Internacional ordena prisão de Kadafi, filho dele e cunhado
O 'balé macabro' dos civis decidirá a guerra da Líbia
A decisão ocorreu depois que o embaixador Ali Aujali desertasse do regime de Kadafi e este notificasse ao Departamento de Estado americano que o diplomata já não representava os interesses de Trípoli, o que os Estados Unidos não consideraram válido ao não poder verificar sua autenticidade.
A entrega do controle da embaixada ocorre ao passo que o Departamento de Estado exige ao CNT que investigue a morte do chefe do Estado-Maior das forças rebeldes, Abdul Fatah Younis, diante da preocupação de que o assassinato tenha sido cometido por dissidentes dentro dos grupos insurgentes.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL