O consulado norte-americano em Ciudad Juarez, no estado mexicano de
Chihuahua, será fechado nesta sexta-feira (30/7). Não há previsão de
reabertura até que novas medidas de segurança sejam tomadas, informou na
quinta-feira (29/7) a Embaixada dos Estados Unidos na Cidade do México,
por meio de um comunicado divulgado no site.
“O Consulado Geral dos EUA em Ciudad Juárez foi fechado para rever as
medidas de segurança. Cidadãos norte-americanos estão sendo alertados
para evitar as proximidades do consulado até que seja reaberto”.
Localizado perto da fronteira com os EUA, Ciudad Juárez é cenário de uma
disputa entre cartéis das drogas pelo controle das estradas. Por isso, é
uma das cidades mais violentas do mundo. Em 2009, mais de 2.600 pessoas
foram assassinadas.
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Segundo um funcionário norte-americano citado pelo jornal La Jornada, o
consulado – único no México por onde tramitam os pedidos de residência
de cidadãos mexicanos nos EUA – estava exposto a uma “verdadeira
ameaça”. Em março desse ano, uma funcionária do consulado, Lesley Ann
Enríquez, o marido e outro empregado foram assassinados a tiros por
supostos membros de um quartel ligado ao tráfico de drogas.
Na ocasião, o escritório ficou fechado por vários dias até que os fatos
fossem esclarecidos. Em julho, a Polícia Federal do México prendeu o
suposto mandante da morte da funcionária de Lesley, Jesús Ernesto Chávez
Castillo, conhecido como “El Camello”. Ele é líder de uma quadrilha
chamada Los Aztecas, vinculado ao grupo La Línea – braço armado do
cartel de Juárez, um dos principais do tráfico de drogas.
Segundo o chefe da Divisão Anti-drogas da Polícia Federal, Ramón Pequeño, o assassinato foi motivado por vingança.
Em abril, uma bomba foi atirada contra o consulado de EUA na cidade de
Nuevo Laredo, no estado de Tamaulipas, México. Este foi o segundo
atentado com explosivos a um escritório diplomático norte-americano em
território mexicano. Em outubro de 2008, pessoas não identificadas
atiraram contra o consulado em Monterrey, Nuevo León. Os EUA condenaram
os atentados e os assassinatos, autorizando as famílias dos funcionários
nas seis cidades fronteiriças mexicanas fossem enviados a outras áreas.
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