Atualizada em 22.02 às 16h12
A chamada contagem rápida — feita com base no resultado apurado de algumas mesas —divulgada pela empresa Moris na noite deste domingo (21/02) indica que o “não” venceu o referendo consultivo por 51% dos votos, contra 49% do “sim”. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, a diferença configura um empate técnico.
A empresa Ipsos, no entanto, aponta que o “não” teve 52,3,% e o “sim”, 47,7%. Participação cidadã foi superior a 80%. No país o voto é obrigatório.
Agência Efe
Contagem de votos teve início em todo o país
Diante da pequena margem de vantagem do “não” e dada a dificuldade de se computar o voto rural, onde analistas apontam que o “sim” teria vantagem, o cenário permanece incerto. Os resultados oficiais deverão ser divulgados no prazo máximo de sete dias.
Após a divulgação dos dados, o ministro da Autonomia, Hugo Siles, ressaltou que se trata de “um empate técnico” e que ainda não é possível falar em derrotas e aconselhou que se espere os dados finais.
García Linera
“Confiamos que os resultados serão favoráveis, mas vamos esperar o resultado”, afirmou o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, na noite deste domingo. Com dados da votação de 2014, ressaltou, em entrevista coletiva concedida a veículos internacionais em La Paz, o fato de que as empresas de pesquisa “sempre chegarem próximo ao resultado, mas os dados finais no fim diferem em alguns pontos” do que é divulgado após a votação.
Isso porque, de acordo com Linera, tais empresas não levam em conta o voto no exterior, nem o de comunidades longínquas e periféricas do país. Como exemplo, mencionou que na votação presidencial de outubro de 2014, as pesquisas apontaram uma vitória de Evo com 59%, mas o resultado oficial foi de 61%.
Assim, de forma confiante, considerou que “é muito provável” que ocorra algo parecido. De acordo com o político, somente os votos de Brasil e Argentina, que contam com uma grande comunidade boliviana e onde o “sim” ganhou com cerca de 80%, impactam o resultado final em 0,5 ponto favoravelmente ao governo.
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Oposição
A oposição, no entanto, comemorou a vitória. Em Beni, o ex-governador Ernesto Suárez saiu às ruas com apoiadores para celebrar:
#Referendum2016#21F
Así festeja el resultado de encuestas el exgobernador del #Beni Ernesto Suárez. pic.twitter.com/smOUq7mtyT— La Razon Digital (@LaRazon_Bolivia) 22 fevereiro 2016
De acordo com a empresa Ipsos, o sim venceu em Oruro, La Paz e Cochabamba, enquanto o não esteve à frente dos demais seis departamentos.
A consulta foi impulsionada por movimentos sociais bolivianos que defendem que Evo governe o país até 2025. Reeleito em 2014, o mandatário terminará sua gestão em 2019 e, caso o não vença, não poderá concorrer novamente.