Um grupo de petistas no Ceará, composto por integrantes do Movimento PT Lá e Cá, vai promover um debate no próximo sábado (29/01) para debater e defender uma candidatura própria do Partido dos Trabalhadores no estado.
A reunião será realizada de forma presencial e também online, sendo fechada para membros do partido.
O objetivo, de acordo com o grupo, é “garantir, pelas instâncias representativas do PT, a continuidade de sua estrutura democrática partidária, apoiada em decisões coletivas, com programas e compromissos políticos sendo decididos em nossas bases”.
A motivação do debate se dá pela preservação de uma “unidade partidária” em contraponto à acusação de que a sigla está “se assemelhando aos partidos tradicionais, um partido de caciques, sem que as bases sejam ouvidas”.
Isso porque, no início deste ano, em 13 de janeiro, 12 prefeitos se filiaram à agremiação, mesmo que, segundo o movimento, “não se alinhem nem se identifiquem com os princípios, valores e práticas do Partido”.
“Por todo o Ceará, temos notícias de companheiras e companheiros, valorosos militantes históricos, denunciando que não reconhecem mais o partido que ajudaram a fundar”, diz o grupo em nota.
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Correntes políticas da agremiação no estado da família de Ciro Gomes defendem a preservação de uma ‘unidade democrática’
Composto por diversas tendências e forças políticas internas do PT, o grupo rejeita a aliança com o PDT (Partido Democrático Trabalhista) do Ceará, que tem como protagonista a família Ferreira Gomes, e afirma que o estado é um caso específico, “uma vez que a eleição se apresenta nacionalizada” em virtude da provável candidatura de Ciro Gomes à Presidência.
“É preciso uma candidatura própria do PT para expressar no nosso estado a grande campanha para levar de novo Lula à Presidência da República. O PT Ceará precisa se comprometer com a construção de um único palanque da esquerda no Ceará, o palanque de Lula.”