O porta-voz da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Gill Tudor, confirmou nesta terça-feira (20/03) que peritos da entidade foram convidados pelo governo da Coreia do Norte para visitar o país e examinar o programa nuclear norte-coreano. Segundo ele, o convite foi encaminhado na sexta-feira (16). De acordo com Gill Tudor, os detalhes da visita ainda serão definidos. “Vamos discutir com [o governo da] Coreia do Norte e as outras partes interessadas os detalhes da visita. Nada foi decidido ainda.”
A visita à Coreia do Norte será a primeira desde 2009, quando o governo norte-coreano suspendeu a cooperação com a AIEA e se retirou das negociações sobre desarmamento nuclear. Em fevereiro, as autoridades do país sinalizaram para a possibilidade de especialistas estrangeiros monitorarem as atividades de enriquecimento de urânio na região.
No mês passado, as autoridades norte-coreanas informaram sobre a suspensão dos testes nucleares, dos lançamentos de mísseis de longo alcance e das atividades de enriquecimento de urânio como parte de um acordo negociado com o governo dos Estados Unidos. Em troca, os norte-americanos comprometeram-se a fornecer 240 mil toneladas de alimentos à Coreia do Norte.
Apesar disso, o país anunciou no último dia 16 que lançaria um foguete de longo alcance em abril para comemorar os 100 anos do nascimento daquele que é considerado o fundador do país, Kim il Sung. A Coreia do Norte informou ainda que o foguete contará com um satélite “em funcionamento”.
O anúncio gerou críticas da comunidade internacional, em especial dos vizinhos asiáticos Japão e Coreia do Sul, que afirmaram que o lançamento irá desrespeitar as resoluções da ONU.
Na ocasião, os EUA declararam que poderiam suspender o acordo que prevê ajuda alimentar aos norte-coreanos em troca da suspensão do programa nuclear do país.
Após a declaração norte-coreana desta terça, a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Victoria Nuland, elogiou a decisão do governo de convidar peritos para uma visita ao país e disse que a iniciativa é positiva. Desde 2009, a Coreia do Norte é submetida a sanções das Nações Unidas por ter lançado um míssil nos arredores do país.
*Com informações da agência estatal de notícias da China, Xinhua, e da Agência Brasil.
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