A missão diplomática brasileira, formada por seis deputados federais integrantes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, já se reuniu hoje (01) com representantes da Corte Suprema de Justiça e do Parlamento de Honduras. Eles pediram respeito à integridade da embaixada em Tegucigalpa, que atualmente abriga o presidente deposto Manuel Zelaya.
O presidente do Supremo hondurenho, Jorge Rivera, confirmou que os deputados expuseram aos juízes “suas preocupações com a segurança da sede brasileira”.
“Informamos a eles que estamos com toda a disposição de dar proteção jurídica à sede e a todas as pessoas que lá estão”, indicou.
Rivera assegurou que a Suprema Corte respeitará os convênios internacionais e “definitivamente protegerá a sede diplomática”
Os parlamentares, que não pretendem oferecer qualquer espécie de intermediação para solucionar o conflito do país, devem se reunir ainda hoje com o comissário dos Direitos Humanos, Ramón Custódio; a comunidade brasileira residente em Honduras, empresários e outros representantes da sociedade hondurenha. A delegação visitará também a sede diplomática, informou aos jornalistas no aeroporto de Toncontin, em Tegucigalpa, o deputado Raúl Jungmann (PPS-PE), promotor da viagem e coordenador do grupo.
Jungmann ressaltou que o grupo visita Honduras “em uma missão de paz”, com a esperança de “poder contribuir para que se encontrem convergências e, sobretudo, que se tenha uma saída pacífica para esta crise”, causada pelo golpe de Estado dado no dia 28 de junho.
O deputado, no entanto, admitiu que a delegação não tem poderes para tentar dar um fim ao impasse. “Estamos aqui, sobretudo, em uma missão de diplomacia parlamentar. Nós não poderíamos fazer um contato de governo a governo, porque nós não somos o governo, e atualmente o Brasil suspendeu relações (com Honduras)”, afirmou.
Jungmann afirmou que não se reunirá com representantes do governo golpista, não reconhecido pelo Brasil.
Os outros membros da missão são Bruno Araújo (PSDB-PE), Cláudio Cajado (DEM-BA), Mauricio Rands (PT-PE), Ivan Valente (PSOL-SP) e Janete Pietá (PT-SP).
Na avaliação do deputado Ivan Valente, o principal motivo da visita foi a “questão da inviolabilidade da Embaixada brasileira, que foi atacada duas vezes”. Para ele, uma representação suprapartidária como a que está em Honduras tem maior potencial de despertar atenção sobre os temas que estão em jogo no país.
O grupo de deputados chegou ontem à noite em Tegucigalpa por meio de um voo comercial vindo de El Salvador, onde pousou um avião da Força Aérea Brasileira. A missão voltará na sexta-feira.
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