Cuba acusou no sábado (09/04) os Estados Unidos de “amparar” o cubano naturalizado venezuelano Luis Posada Carriles, ex-agente da CIA, ao considerá-lo inocente no processo que o acusa de mentir para autoridades de imigração.
“Esta é mais uma demonstração do apoio e amparo que historicamente as autoridades norte-americanas têm dado a ele”, afirmou a chancelaria cubana em uma nota publicada no site Cubadeate.
Para Cuba, a decisão é uma “vergonha e um insulto ao povo cubano”, já que há provas evidentes de que Posada Carriles mentiu em processos migratórios, participou ativamente de ataques a hotéis em Havana em 1997 e maquinou a explosão de um avião comercial da companhia Cubana de Aviación, em 1976.
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“Washington tem em mãos todas as provas dos crimes de Posada, muitas das quais foram apresentadas no julgamento, mesmo assim ele foi declarado inocente”, diz o texto.
Posada Carriles, que fugiu de uma cadeia venezuelana em 1985, foi exigido pela justiça do país para prestar esclarecimentos sobre os 72 processos de homicídio qualificado em que é acusado.
Além disso, o ex-agente da CIA é acusado de planejar o assassinado do ex-presidente da ilha, Fidel Castro, como na Cúpula Iberoamericana do Panamá em 2000.
“A falta de vergonha que aconteceu em El Paso [no Texas, onde aconteceu o julgamento], é totalmente contraditória com a política antiterrorista que o governo dos EUA diz defender” concluiu a nota.
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