As notícias negativas na economia norte-americana se refletiram em Wall Street nesta quarta-feira (30). O índice Dow Jones Industrial da Bolsa de Nova York caiu 0,31%, fixado em 9.712 pontos; o Nasdaq teve desvalorização de 0,08, assim como o S&P 500 (0,35%), que agrupa ações de 500 empresas. As baixas foram puxadas principalmente pelos dados de emprego no setor privado, que cortou 254 mil postos de trabalho entre agosto e setembro.
Os dados fazem parte do levantamento da ADP, empresa que processa folha de pagamentos, e ficaram acima do esperado pelo mercado financeiro. A pesquisa não inclui o setor agrícola e o funcionalismo público.
Outra notícia negativa no mercado norte-americano veio da Associação de Gerentes de Compras de Chicago, que anunciou que o consumo na região mostrou contração em setembro. O índice caiu para 46,1%, contra 50% em agosto. A previsão sugeria alta de 52%.
Antes disso, os investidores já contavam com o resultado final do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre que caiu 0,7%, contra 1% no período anterior.
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Bovespa
No Brasil, o dia foi de volatilidade na BM&F Bovespa, mas ao final do pregão prevaleceu a alta de 0,46%, com recorde de 61,518 pontos no ano e volume de negócios de mais de 6 bilhões de reais. O resultado foi impulsionado principalmente pela valorização no preço do petróleo no mercado internacional. Com isso, os títulos preferenciais da Petrobras, os mais procurados do dia, subiram 0,66%.
Liderando as maiores altas dentro do Ibovespa, fecharam as ações preferenciais do Bradesco (2,17%) e do Itaú (2,09%). E entre as maiores baixas ficaram para os papéis da BM&F-Bovespa (2,17%).
A moeda norte-americana terminou o dia em baixa de 1,17%, com o dólar comercial a R$ 1,770 para compra e R$ 1,772 para venda. É a menor cotação desde setembro de 2008. No mês, a queda chega a 6,14%.
América Latina
Na Argentina, foi destaque no cenário econômico a fusão da Petrobras Energia, filial argentina da estatal brasileira, com a Petrobras Energía Participaciones. O processo foi finalizado ontem e derivou no cancelamento das ações da Petrobras Energía Participaciones (PEPSA), parte das quais era negociada nas Bolsas de Valores de Buenos Aires e de Nova York.
Segundo um comunicado enviado hoje à Bolsa de Buenos Aires, o total das ações classe B da PEPSA em circulação foram trocadas por títulos classe B da Petrobras Energia, cotadas nos pregões portenho e nova-iorquino.
A Petrobras Energia controla mais de 20 sociedades dedicadas à exploração e produção de petróleo e natural, refino, transporte e comercialização de hidrocarbonetos, distribuição de eletricidade e petroquímica na Argentina, Brasil, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.
A notícia da fusão resultou em uma das maiores baixas do pregão: os papéis da Petrobras Energia caíram 3,08%.
Apesar disso, o índice Merval da Bolsa de Comércio de Buenos Aires fechou em alta de 0,45%, fixado em 2.075 pontos. O Índice Geral da Bolsa e o Merval 25 subiram 0,68% e 0,63%, respectivamente.
No mercado cambial, o dólar se manteve estável, a 3,81 pesos para compra e a 3,85 pesos para venda.
Na Venezuela, a Bolsa de Caracas fechou praticamente estável, com leve alta de 0,08% em seu principal indicador, que alcançou 50.337 pontos.
A Bolsa de Valores da Colômbia (BVC) teve valorização de 0,67% em seu índice geral (IGBC), para 11.257 pontos.
Europa
Os mercados acionários europeus tiveram uma sessão de perdas nesta quarta-feira, após números indicando queda da atividade econômica dos Estados Unidos. Mas isso não impediu que o principal índice de ações regional tivesse o melhor trimestre em quase 10 anos. O FTSEurofirst 300 teve queda de 0,6% no dia. Contudo, o índice ganhou mais de 17% entre julho e setembro, o melhor resultado num trimestre desde o final de 1999.
Na Alemanha, o índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt fechou em queda de 0,67%, fixado em 5.675 pontos.
A Bolsa de Valores de Londres teve baixa e seu índice principal, o FTSE-100, caiu 25,8 pontos (0,50%), para 5.133 pontos. O índice intermediário FTSE-250 caiu 73,3 pontos (0,79%) e fechou a 9.142 pontos.
O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri caiu 0,82% e fechou a 11.756 pontos. Desvalorização também no índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão (0,39%) e do FTSE Italia All-Share (0,33%)
Ásia
No mercado asiático, a quarta-feira acabou sem direção única. Seul e Hong Kong perderam 1,0% e 0,28%, respectivamente, mas Tóquio subiu 0,33% e Xangai garantiu alta de 0,90%.
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