Agência Efe
Um cartaz do fundador do Wikileaks, Julian Assange, em frente a Embaixada do Equador em Londres, onde ele está alojado desde o dia 19 de junho
O governo do Equador deve anunciar nesta semana sua decisão sobre o pedido de asilo político de Julian Assange, informou o presidente equatoriano nesta terça-feira (14/08) em entrevista à rede estatal do país. Segundo Rafael Correa, as autoridades estão estudando um extenso material sobre direito internacional para formular uma resposta esclarecida e responsável acerca do requerimento de Assange.
O presidente informou, no entanto, que receberá o ultimo relatório dos especialistas nesta quarta-feira (15/08) e por essa razão, até o fim da semana poderá informar sua decisão. O fundador do Wikileaks permanece alojado na Embaixada do Equador no Reino Unido desde 19 de junho, quando foi determinada sua extradição para a Suécia pela Justiça britânica. Assange, que revelou milhares de documentos confidenciais da cúpula política, diplomática e militar das potências, enfrenta acusações de abuso sexual pela justiça sueca.
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Assange sustenta, no entanto, que está sendo processado pelo trabalho desenvolvido no Wikileaks. “A perseguição da qual sou alvo em diversos países deriva não só de minhas ideias e ações, mas de meu trabalho ao publicar informações que comprometem os poderosos, de publicar a verdade e, com isso, desmascarar corrupção e graves abusos aos direitos humanos ao redor do mundo”, escreveu ele em carta enviada ao presidente do Equador.
Antes de procurar asilo na Embaixada do Equador e ainda sob prisão domiciliar, Assange entrevistou Correa em um programa para a emissora russa RTV. O presidente decorreu sobre a perseguição política realizada contra aqueles que se opõem às diretrizes norte-americanas e no final da conversa, confortou o fundador do Wikileaks. “Seja bem-vindo ao clube dos perseguidos”, disse ele.
* Com informações da Efe