Uma garota de 12 anos ficou ferida após um membro do partido Aurora Dourada, de extrema-direita, ter tentado balear o prefeito de Atenas, o independente Giorgios Kaminis.
O ataque de fúria do ativista político Yorgos Germenis, que também é músico e baixista de uma banda de black metal, teria ocorrido depois que o partido foi proibido de distribuir alimentos na Praça Syntagma, a principal da capital grega – o ato, no entanto, era restrito somente para cidadãos gregos – o Aurora Dourada é contra a presença de estrangeiros no país.
Segundo as testemunhas, Germenis entrou em mercearia social, onde eram distribuídas velas de Páscoa para crianças, e tentou atacar o prefeito, mas foi impedido pelos seguranças.
As mesmas testemunhas ressaltaram que, antes de ser expulso do local pelos seguranças, o deputado ainda tentou sacar sua arma.
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Em comunicado, a direção do partido negou os fatos, enquanto um porta-voz da polícia local explicou à Agência Efe que o caso já está sendo investigado.
“A democracia vencerá. A lógica da força bruta que vimos hoje em duas ocasiões, incluindo o incidente envolvendo o deputado, não passará impune”, afirmou o prefeito de Atenas após o ataque.
A tensão entre a Prefeitura da capital grega e o Aurora Dourada se intensificou depois que a polícia, por ordem da própria Prefeitura, proibisse um ato da formação na praça Syntagma, na qual o partido neonazista pretendia distribuir comida só para gregos para celebrar a Quinta-Feira Santa Ortodoxa.
Os integrantes do Aurora Dourada, ignorando os avisos da polícia, iniciaram a distribuição dos alimentos na praça citada, mas acabaram sendo coibidos pelas forças de segurança, que recorreram ao uso de gás lacrimogêneo para dispersar os extremistas.
Após o incidente, Kaminis afirmou que essa proibição tinha sido uma “vitória da sociedade democrática” e lembrou que o partido não tinha de permissão para realizar o ato.
Em resposta a proibição, o partido neonazista convocou seus militantes para se reunirem em sua sede central para dar continuidade a distribuição de alimentos “só para os gregos”, uma ação que foi duramente criticada pelos religiosos ortodoxos da capital russa.