Um deputado eleito do estado mexicano de Oaxaca foi sequestrado na última segunda-feira (4/9) e até agora “não se tem indícios de seu paradeiro”, confirmou nesta quarta-feira (6/9) a Procuradoria de Justiça da região, que fica no sul do país.
De acordo com informações oficiais, Manuel Benítez, do governista PAN (Partido Ação Nacional), foi levado por um comando armado. A ação teria ocorrido em seu município natal, Zimatlán de Álvarez, a 30 quilômetros da capital homônima do estado.
Leia mais:
Crime organizado assassina sexto prefeito em um ano no México
Prefeito sequestrado no domingo é encontrado morto no México
Cartéis de droga ampliam área de atuação e amedrontam mexicanos
A procuradora de Oaxaca, María de la Luz Candelaria Chiñas, explicou que até o momento “não temos maiores indícios” e que “estamos investigando”. Já a porta-voz do PAN estadual, Jaqueline Robles, exigiu que as autoridades “atuem de imediato”. Benítez deveria assumir seu cargo no dia 13 de novembro.
Esta não é a primeira vez que um deputado eleito é sequestrado no México. Em julho, o também governista Alfonso Peña, do estado nortista de Durango, foi levado por um grupo armado que rendeu os três seguranças de sua escolta.
Em 15 de maio, o ex-candidato presidencial e um dos nomes mais proeminentes do PAN Diego Fernández de Cevallos, de 69 anos, também foi sequestrado. No mês passado o ex-prefeito de Tampico, em Tamaulipas, Fernando Azcárraga permaneceu em cativeiro por 12 dias antes de ser libertado.
Em outro caso, Edelmiro Cavazos, governante da cidade de Santiago, foi encontrado assassinado no estado de Nuevo León, localizado na fronteira com os Estados Unidos, dois dias depois de ser retirado de sua casa durante a madrugada.
No dia 23 de setembro, o então prefeito de Doctor González, também em Nuevo León, Prisciliano Rodríguez, foi morto a tiros por volta das 22h locais quando retornava a casa. Ele foi alvo de um grupo armado e faleceu junto a um empregado que o acompanhava.
O México enfrenta uma intensa onda de violência que tem origem na grande penetração dos carteis e narcotraficantes no país, os quais se locomovem por vastas regiões – especialmente a fronteira norte, porta de entrada das drogas nos Estados Unidos.
Os dirigentes políticos são um dos alvos dos criminosos. Em todo o país, desde a posse do presidente Felipe Calderón, em dezembro de 2006, mais de 28 mil pessoas morreram nas disputas entre os grupos narcotraficantes ou em conflitos com as autoridades.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL