O presidente mexicano, Felipe Calderón, enviou nesta quarta-feira (6/9) ao Congresso uma iniciativa de reforma constitucional para estabelecer um Comando Único Policial, parte da nova estratégia frente ao aumento da violência que, em quatro anos, fez mais de 28.500 mortos.
A proposta “responde à demanda cidadã de contar com policiais confiáveis e à necessidade de fortalecer as instituições de segurança para enfrentar os criminosos que assolam o México”, afirmou Calderón, ao anunciar o projeto.
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Ao defender a medida de integração, ele afirmou ainda que esta será “uma das reformas mais importantes na luta pela segurança dos mexicanos”.
“Ao longo de nossa história, a integração, o funcionamento e a coordenação das policiais surgiram de forma desordenada, sem responder às necessidades mutantes em matéria de segurança do país”, continuou.
“É necessário reconhecer que são corporações institucionalmente vulneráveis, frágeis e que não contam com a infraestrutura, com a sistematização de promoções, proteção, mobilidade e estabilidade, que permitam garantir a segurança dos mexicanos”, admitiu o presidente.
Segundo dados do governo, as polícias estaduais e municipais representam 90% do total, com cerca de 400 mil homens, contra 33 mil da Polícia Federal.
Pelo menos 400 cidades do país não contam com um corpo de segurança próprio. Oficialmente, o aumento da violência e o elevado número de mortes são atribuídos às organizações criminosas, como os carteis de droga. Por outro lado, organizações não-governamentais culpam o Executivo e sua ofensiva militar, composta por cerca de 100 mil efetivos.
No último mês, Calderón também se comprometeu com a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e com o CPJ (Comitê de Proteção dos Jornalistas) a inaugurar um plano para proteção de jornalistas, visto que o país é considerado um dos mais perigosos para o exercício da profissão.
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