Tem início nesta quarta-feira (24/09), em Nova York, a 69ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). O evento é precedido pela Cúpula do Clima, que deve reunir 120 chefes de Governo e Estado, nesta terça-feira (23/09), e pela a Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas, que começou hoje (22/09).
A conferência sobre os povos indígenas, que irá durar dois dias, reúne mais de mil representantes dos povos indígenas, chefes de Estado e líderes de instituições nacionais de direitos humanos. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que o sucesso da iniciativa é parte integrante do progresso de toda a humanidade.
Segundo a ONU, os povos indígenas são 5% da população mundial e um terço da população rural mundial (de 900 milhões de pessoas) em condição de extrema pobreza.
A Cúpula do Clima, convocada por Ban, não faz parte do calendário oficial de negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC, na sigla em inglês), mas será uma tentativa de avançar na agenda climática para subsidiar a 21ª Conferência do Clima (COP-21), em Paris, marcada para dezembro de 2015, que deverá chegar a um novo acordo global para conter as emissões de gases de efeito estufa.
A presidente Dilma Rousseff fará um discurso na Cúpula do Clima às 9h (10h no horário de Brasília). O Brasil também estará representado na reunião pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que vai participar de um painel específico sobre florestas e de encontros bilaterais com ministros da área de outros países.
Dilma, aliás, irá abrir a Assembleia Geral na quarta-feira. A tradição é que o Brasil abra o encontro anual. Na ocasião, Dilma deverá fazer um discurso centrado no avanço das políticas sociais durante a sua gestão e destacará que, apesar da crise econômica mundial, o Brasil gerou emprego, manteve a renda de seus trabalhadores e não cortou direitos — na contramão das políticas austeras adotadas pelos países desenvolvidos.
Em 2013, o discurso da presidente contra a espionagem do governo norte-americano ganhou ampla repercussão dentro e fora do Brasil. Na ocasião, Dilma manifestou “indignação” e “repúdio” ao episódio, “um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis”.
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