Com especial atenção na cooperação em comércio, energia e educação, a presidente Dilma Rousseff deu início nesta segunda-feira (09/04) a sua primeira visita oficial aos Estados Unidos. Em Washington, a presidente se reuniu com um grupo de empresários brasileiros para preparar o fórum de altos executivos com empresas norte-americanas.
Mais tarde, ela se encontra com o presidente norte-americano, Barack Obama, o terceiro encontro bilateral. Segundo Erin Pelton, porta-voz da Casa Branca, Brasil e EUA “vão aprofundar uma parceria que nunca foi tão forte”. O Brasil foi até o ano passado o maior parceiro comercial dos EUA, mas agora é a China o principal destino das exportações brasileiras.
Por isso, tanto Obama como Dilma querem reativar o comércio bilateral e aos EUA interessam muito também beneficiar-se do potencial energético do Brasil, no momento em que o encarecimento da gasolina preocupa os cidadãos norte-americanos.
Capacitação
Enquanto isso, o Brasil, que se transformou recentemente na sexta economia do mundo, se preocupa por não contar com os técnicos e profissionais necessários para aproveitar as oportunidades abertas em nível global. Para suprir essa carência, Brasília se propõe a enviar 100 mil estudantes de graduação e pós-graduação às 50 melhores universidades do mundo e pelo menos 20% deles irão aos EUA, em parte graças à cooperação oferecida pela Administração de Obama.
Essa vertente receberá atenção especial na terça-feira, quando Dilma se deslocará a Boston, onde, entre outras atividades, realizará uma conferência na prestigiada Universidade de Harvard.
Irã
Além do comércio e a educação, a visita da presidente também pode ser uma oportunidade para que Obama peça ao Brasil “apoio a sanções mais profundas ao Irã” por seu programa nuclear, de acordo com um relatório do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais (CSIS).
Obama acredita que as sanções impostas pelos EUA e pela União Europeia (UE) ao Irã por seu programa nuclear estão funcionando, enquanto Dilma já questionou recentemente essa efetividade.
Cuba
O outro assunto no qual as divergências entre Obama e Dilma são evidentes é a participação de Cuba na Cúpula das Américas, à qual ambos líderes comparecerão no próximo final de semana em Cartagena, na Colômbia.
Fontes oficiais disseram à Agência Efe que Dilma manifestará a Obama sua “convicção”, compartilhada com a maioria dos países latino-americanos, que esta deveria ser a última cúpula americana sem Cuba.
*Com informações da Agência Efe
NULL
NULL