O chanceler venezuelano, Elías Jaua, assegurou neste domingo (19/05) que o governo estaria disposto a normalizar as relações com os Estados Unidos no mais alto nível, a começar pela restituição do embaixador em Washington. As informações são da agência de notícias France Presse.
“Vamos continuar abertos à normalização de relações com os Estados Unidos (…) O primeiro seria restituir a delegação diplomática no mais alto nível', disse Jaua em entrevista a um programa na emissora Televen.
Agência Efe
O chanceler venezuelano, Elías Jaua, em recente visita à China
Em 23 de abril, o governo manifestou o desejo de “aumentar o diálogo” com os Estados Unidos, quando o presidente Nicolás Maduro nomeou como encarregado de negócios o deputado governista Calixto Ortega.
Para Jaua, a nomeação pretende ser “uma mensagem destinada a que os setores políticos norte-americanos entendam nossa vontade política para normalizar as relações”, sobretudo considerando que os Estados Unidos são “nosso principal parceiro comercial e energético”.
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As relações do presidente Maduro com os Estados Unidos têm sido tensas desde sua eleição, em 14 de abril. Vários chefes de Estado e governo saudaram e felicitaram Maduro, mas não Obama.
Horas antes de anunciar a morte por câncer de seu padrinho político Hugo Chávez, Maduro, que na ocasião era vice-presidente e antes tinha sido chanceler, expulsou dois adidos militares norte-americanos de Caracas, acusando-os de conspiração. Em resposta, a Casa Branca expulsou dois diplomatas venezuelanos.
Em seguida, Jaua, ratificado como chanceler, suspendeu através de seu embaixador na OEA (Organização de Estados Americanos), Roy Chaderton, o “canal de informação' extraoficial – autorizado por Chávez – que Caracas mantinha com Washington desde o final de 2012.
Na longa história de desencontros entre os dois países, Maduro também chamou o presidente Obama a deter um suposto plano vinculado ao embaixador norte-americano Roger Noriega na OEA para atentar contra sua própria vida e a do opositor Henrique Capriles durante a campanha eleitoral para as eleições de 14 de abril.